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Seguro e Swoboda unidos na defesa duma Europa com menor austeridade e mais investimento

Seguro e Swoboda unidos na defesa duma Europa com menor austeridade e mais investimento

O secretário-geral do PS e o líder do grupo parlamentar socialista no Parlamento Europeu afirmaram-se hoje em convergência na defesa de uma União Europeia com menor austeridade, com mais investimento e com harmonização das políticas fiscais.

António José Seguro e Hannes Swoboda defenderam estas posições em conferência de imprensa conjunta, na sede nacional do PS.

“A nossa reunião foi de convergência quanto à necessidade de a Europa mudar, de colocar o emprego e o crescimento no topo das prioridades e de se cumprir como um projeto político, social e que resolva os problemas dos cidadãos. Houve convergência em torno do reforço das atribuições e competências da União Europeia, de o Banco Central Europeu ter um papel reforçado e para que possa existir uma governação económica sólida”, realçou António José Seguro.

Neste contexto, o secretário-geral do PS fez uma alusão indireta à situação portuguesa ao defender que a resposta à crise tem de ser europeia.

“Queremos honrar os compromissos, mas precisamos que se faça num clima de recuperação da nossa economia”, afirmou.

Seguro e o líder parlamentar dos socialistas europeus defenderam ainda a existência de uma “convergência fiscal” e novas formas de financiamento das políticas europeias e nacionais, designadamente através de uma taxa sobre as operações financeiras.

Neste ponto, o presidente dos socialistas no Parlamento Europeu considerou inaceitável a elevada taxa de desemprego jovem e responsabilizou as transações financeiras especulativas pela última crise internacional.

“Temos de ter uma política comum de combate à evasão fiscal. Há estudos que estimam um trilião de euros escapam às autoridades fiscais todos os anos”, referiu, defendendo neste campo nos acordos com países como a Suíça.

Hannes Swoboda fez uma crítica de fundo às políticas de austeridade que disse estarem a ser promovidas pelo chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, e pela chanceler germânica, Angela Merkel.

“São um falhanço para a Europa, porque não têm contribuído para resolver os problemas de consolidação orçamental, nem têm ajudado a recuperar empregos e são contrárias ao crescimento. Temos de trabalhar juntos para um novo modelo de política económico e social na Europa”, disse.