Santos Silva garantiu inexistência de falhas de segurança em encontro “positivo” com homólogo venezuelano
Em declarações em Genebra, no final da 43ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o ministro dos Negócios Estrangeiros reiterou que as conversações que manteve com o seu homólogo venezuelano, Jorge Arreaza, permitiram para já dar “mais um passo positivo no trabalho diplomático”, reiterando Augusto Santos Silva que o único interesse de Portugal é o “bem-estar da comunidade portuguesa e luso-venezuelana”, e que o objetivo é o de contribuir para que haja uma solução pacífica e política para a crise “que, a nosso ver, se vive na Venezuela”.
Na reunião que manteve ontem com o seu homólogo venezuelano, uma semana após o Governo de Nicolás Maduro ter decretado a suspensão por 90 dias das operações da TAP naquele país, o ministro português dos Negócios Estrangeiros apresentou a Jorge Arreaza o resultado do inquérito realizado pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre as alegadas falhas de segurança no voo da TAP que transportou desde Lisboa para Caracas o líder da oposição Juan Guaidó, garantindo Santos Silva que o resultado do inquérito demonstra que “não houve nenhuma espécie de falha de segurança”.
Ainda segundo Augusto Santos Silva, com as conclusões apuradas no relatório, quer a TAP, quer o aeroporto de Lisboa ficam “ilibados” de terem perpetrado qualquer ato que de algum modo pudesse ter violado as regras de segurança no caso do voo para a Venezuela, garantindo o governante português que o que ficou provado, pelo contrário, “é que não houve nenhuma espécie de falha de segurança”.
Augusto Santos Silva teve ainda ocasião para lembrar que o trabalho diplomático tem “regras e tempos próprios”, que podem demorar “o tempo que for necessário”, sendo que o objetivo é sempre, como salientou, o de “encontrar a solução que melhor sirva as partes”, reafirmando ter sido muito importante o encontro que manteve com o seu homólogo venezuelano, onde foi possível aferir, como salientou, o resultado do trabalho que ambos os “chefes das diplomacias estão a realizar”.
Também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, corroborou a tese de que não houve qualquer falha de segurança em Portugal, lembrando que os resultados da investigação não deixam dúvidas e “são muito claros”, ao indicarem que as autoridades aeroportuárias em Lisboa, mas também os responsáveis da TAP, não praticaram em nenhum caso qualquer “violação de regras de segurança” no voo com destino a Caracas.