RTP e Lusa estão financeiramente equilibradas
Intervindo num jantar-debate organizado pela Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social, no concelho de Oeiras, o responsável pela pasta da Cultura garantiu que as empresas públicas de comunicação social têm hoje as suas contas equilibradas, algo que acontece, segundo Luís Filipe Castro Mendes, porque o Governo sempre encarou este pressuposto como “uma das suas principais preocupações”, sem o qual, como realçou, “não seria possível” que a RTP e a Lusa “cumprissem a sua missão de serviço público”.
Segundo o ministro da Cultura, estes bons resultados só lograram ser alcançados graças ao trabalho conjunto entre o Governo e os atuais conselhos de administração de ambas as empresas e os respetivos diretores de informação que “foram nomeados pelo anterior Governo”, adiantando Castro Mendes que o Ministério da Cultura faz questão de praticar uma política de “respeito pelas autonomias de gestão e editorial”, possibilitando assim, como realçou, “um jornalismo independente dos poderes políticos e económicos”, mas também “pluralista, isento e rigoroso”.
Princípios que na opinião do governante estão conformes com a política do seu Ministério, que garante o “respeito pelo direito de autor dos editores de imprensa”, norma que, como garantiu, “tem sido uma das marcas” da sua política.
O futuro dos Media
Falando do futuro, e depois de lembrar que uma reforma legislativa da comunicação social “não se faz num ano”, Luís Filipe Castro Mendes afirmou não ter dúvidas de que os próximos anos serão marcados, tanto no “mercado português, como nos demais”, por uma “profunda transformação estrutural” dos meios de comunicação social, nomeadamente, como sustentou, em resultado do “domínio do digital”, um meio que oferece, como aludiu, “um mundo de novas possibilidades” em termos de “reforço da autonomia individual”, abrindo as portas para “novas formas de participação cívica e democrática”.
Em relação quer aos incentivos ao setor, quer no que respeita à precariedade, Castro Mendes garantiu contar já, quanto ao primeiro ponto, com os “instrumentos necessários para o seu pagamento” e, em relação ao segundo, o governante afirmou que vai ser feito um levantamento da situação, reconhecendo ser este “um assunto premente” e garantindo que tudo está a fazer para encontrar “novos mecanismos” para que as empresas “não sejam mais agredidas do que já são”.