Revitalização do Interior avança no terreno
O primeiro-ministro esteve esta manhã em Mortágua, no distrito de Viseu, para presidir à cerimónia de assinatura do contrato de adjudicação da primeira fase das obras de requalificação do IP3, obra orçada em 12 milhões de euros, tendo na ocasião reafirmado que a reabilitação desta estrada e a sua transformação em cerca de 85% com perfil de autoestrada, ligando as duas principais cidades da região Centro, Coimbra e Viseu, sendo estruturante, assume igualmente uma “dimensão muito importante”.
Segundo António Costa são intervenções e decisões políticas como esta que o Governo está a tomar, quer em relação à renovação do IP3, quer no que toca ao apoio que está a dirigir às empresas para se instalarem no Interior, oferecendo-lhes, designadamente, “um melhor tratamento fiscal”, quer ainda em relação à aposta que está a fazer de modernizar as infraestruturas ferroviárias, sobretudo no Interior do país, que valorizam e vão trazer a médio prazo, como salientou, o progresso e o desenvolvimento a estes territórios de baixa densidade.
O líder do Executivo aludiu ainda, a este propósito, à necessidade de todos nos mobilizarmos por esta causa e não só nos lembrarmos do Interior quando chega o verão e com ele a tragédia dos incêndios, que “nos alertam a todos para o abandono destas regiões e para a sua dependência excessiva relativamente à fileira florestal”.
Mostrando-se convicto de que as iniciativas que têm vindo a ser aprovadas pelo Governo, dirigidas para as regiões do Interior, estão já a criar condições objetivas de revitalização das regiões de baixa densidade, algo, como acentuou, que há muito estava arredado do léxico das decisões políticas, sendo que para António Costa querer revitalizar e desenvolver os territórios situados no Interior do país tem de deixar de ser, como até aqui, apenas “a soma de palavras” e traduzir-se num “conjunto de atos que transformem efetivamente o território”.
O primeiro-ministro garantiu anda que o Governo mantém a promessa de reabilitar até 2022 “todo o percurso do IP3”, num investimento calculado em cerca de 135 milhões de euros, uma intervenção que vai avançar, como salientou, sem qualquer apoio de fundos europeus, contando apenas com o financiamento de recursos próprios, algo que só é possível fazer, como defendeu ainda António Costa, porque “hoje o país dispõe das condições financeiras que lhe permitem não cortar no investimento mas, pelo contrário, estar a aumentar o investimento”.
Criar mais empregos
Para o primeiro-ministro, intervir na correção e na modernização do desenho do IP3, uma estrada que é conhecida como a estrada da morte, sendo uma obra necessária e urgente, que há muito é reivindicada pela população, não é, no entanto, como defendeu, uma iniciativa suficiente quando se tem em vista revitalizar económica e socialmente toda uma vasta região, pelo que, na opinião de António Costa, é igualmente necessário que se possa também garantir uma sustentada “atração de empresas” para esta região, lembrando que só criando condições para que haja postos de trabalho fixos é possível atrair população.
Quando à empreitada de reabilitação do IP3, hoje assinada, respeita à intervenção entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul, obra orçada em perto de 12 milhões de euros, estando previsto que o prazo de execução será de 330 dias.