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Reunião de hoje em Bruxelas não será um jogo de pingue-pongue

Reunião de hoje em Bruxelas não será um jogo de pingue-pongue

Portugal vai consagrar 1,66% do seu produto interno a despesas em Defesa até 2024, anunciou hoje em Bruxelas, no âmbito da cimeira da NATO, o primeiro-ministro, lembrando que este é o valor possível no quadro de “evolução gradual”, sustentável e compatível com as “diferentes necessidades orçamentais do país”.

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Reunião de hoje em Bruxelas não será um jogo de pingue-pongue

Antes deste anúncio, o primeiro-ministro tinha garantido à entrada para esta cimeira da NATO, que hoje começou em Bruxelas, não ter dúvidas de que esta cimeira “será um fracasso” caso se transforme num “jogo de pingue-pongue”, referindo-se claramente às críticas do Presidente norte-americano aos seus aliados da Aliança Atlântica, considerando António Costa que estas afirmações “têm menos importância quando comparadas com o necessário reforço da confiança recíproca”.

Falando ao princípio da tarde de hoje em Bruxelas, à chegada ao quartel-general da NATO, o primeiro-ministro, que é acompanhado nesta reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e pelo ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, perguntado sobre as críticas do Presidente Donald Trump em relação às contribuições dos aliados europeus para a organização, António Costa preferiu desvalorizar as afirmações do líder americano, afirmando que é no diálogo que se poderá e deverá encontrar a “racionalidade na vida política”.

Havendo diferenças, aqui como em qualquer outro lugar da vida política, nacional ou internacional, segundo o primeiro-ministro, “devemos evitar os concursos de mimetismo” em relação aos comportamentos de uns ou de outros, pelo contrário, “devemos manter-nos como somos” e contribuir de uma forma construtiva para aquilo que é o objetivo comum, desprezando por completo, como defendeu, para que “esta cimeira seja um sucesso” e valorize o que realmente é importante, a “idiossincrasia de cada um” reforçando a confiança mútua.

O primeiro-ministro português foi recebido nesta cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Aliança do Atlântico Norte pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, para uma reunião que se espera seja das mais longas da história da organização, onde serão debatidos temas como a adaptação da estrutura de comandos da NATO, a luta contra o terrorismo, a defesa cibernética, a iniciativa da prontidão ou, ainda, a adesão à Aliança da República da Macedónia do Norte, para além de outros temas que oferecem alguns aspetos polémicos, como é o caso da questão da partilha de custos e da responsabilidade entre os aliados.