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Resultado das Europeias é sinal dos portugueses ao Governo para que governe sem desculpas

Resultado das Europeias é sinal dos portugueses ao Governo para que governe sem desculpas

Pedro Nuno Santos defendeu, ontem, que o resultado alcançado pelo PS nas eleições europeias dirige, também, uma importante mensagem ao Governo sobre a necessidade de assumir responsabilidades pela sua ação executiva e de dialogar verdadeiramente com a oposição.

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Durante a visita que realizou à Feira de Mobiliário e Decoração que decorre no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, o Secretário-Geral do Partido Socialista foi instado a comentar o recente anúncio da ministra da Saúde dando conta da criação de uma comissão para auditar os conselhos de administração dos hospitais.

Na resposta, Pedro Nuno Santos sublinhou a importância de os “membros deste governo” perceberem “que não podem estar sistematicamente a desculpar-se com os outros”.

“Há de haver um momento, e começa a chegar a hora de ser este o momento, em que quem é responsável é quem governa. E por isso, em vez de estarmos sempre a pôr as responsabilidades nos outros, a queixarmo-nos dos outros, é começarmos a olhar para aquilo que nós conseguimos fazer”, enfatizou.

O líder do PS apontou igualmente haver urgência em entender que os resultados eleitorais do passado dia 9 são, de facto, um claro sinal enviado ao Governo, apenas três meses após a vitória com maioria relativa da AD nas Legislativas, para “não continuar a ignorar a oposição e a ignorar o Parlamento”.

Sobre uma hipotética mudança, no imediato, na atitude deste executivo de direita, o líder socialista registou que, por enquanto e “pelo contrário”, o que se tem visto é “uma reafirmação por parte do primeiro-ministro da estratégia que estava a ser seguida”.

“É uma estratégia que é errada, porque a AD não teve maioria absoluta. Os portugueses não querem que o governo se comporte como se tivesse a maioria absoluta”, insistiu.

Já a propósito da ideia, que tem vindo a ser repetida pela direita, sobre entendimentos parlamentares com o partido liderado por André Ventura, Pedro Nuno Santos foi perentório na observação de que a realidade desmonta facilmente esta narrativa.

E deixou expresso que “qualquer ideia de uma aliança entre o Chega e PS e do eventual prejuízo que ela teria para os socialistas ficou derrotada nas eleições europeias”.

O ponto final nesta narrativa foi, de resto, colocado pelo “posicionamento do Chega face a algumas propostas do Governo”, sustentou Pedro Nuno Santos, numa referência ao facto de este partido ter acompanhado e permitido viabilizar na Assembleia da República a proposta do executivo para a isenção de IMT na compra de primeira habitação por jovens até aos 35 anos.

Capacidade política de António Costa é reconhecida na Europa

Já a propósito da hipótese de António Costa vir a presidir o Conselho Europeu, o Secretário-Geral do PS afirmou que, apesar de não estar concretizada ainda, “apenas esta possibilidade já é muito importante”.

Neste sentido, Pedro Nuno Santos fez questão de salientar que o antigo primeiro-ministro socialista foi capaz de reunir “um grande reconhecimento pela sua capacidade política” no espaço europeu.

“Ficaria surpreso se António Costa não pudesse contar com o apoio do Governo português”, comentou, lembrando que os socialistas portugueses apoiaram a eleição de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia.

Neste ponto, considerou não constituir motivo para qualquer surpresa o apoio manifestado pelo atual primeiro-ministro a esta possibilidade.

“Surpresa seria se esse apoio não acontecesse”, rematou.

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