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Respostas da direita à crise foram erradas

Respostas da direita à crise foram erradas

Pedro Marques considera que as respostas da direita à crise “foram erradas” e defende “instrumentos de estabilização” para responder a uma eventual crise futura.

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Respostas da direita à crise foram erradas

As políticas implementadas pela direita para responder à crise financeira “foram erradas, porque aprofundaram as desigualdades” e a estratégia adotada “não resolveu nada”, visto que os países mais afetados e em maiores dificuldades, como Portugal, “ainda se afundaram mais”, afirmou Pedro Marques.

Assim, para o cabeça de lista do PS às eleições europeias, “numa possível futura crise assimétrica, ter instrumentos de estabilização é essencial para que depois não tenhamos as respostas da direita que tivemos nesta crise, que – eu acho – foram erradas porque aprofundaram as desigualdades”.

As declarações do ‘número um’ da lista do PS foram proferidas durante o debate com membros da Juventude Socialista (JS), realizado este domingo, em Viseu, onde participou também o holandês Frans Timmermans, candidato socialista à presidência da Comissão Europeia (CE).

Frans Timmermans apontou Greta Thunberg como um bom exemplo de participação cívica e política dos jovens e como poderão influenciar o futuro individual e coletivo.

Promover a participação

A redução da idade para votar para os 16 anos e o aumento do intercâmbio de estudantes entre os Estados-membros da União Europeia, nomeadamente ao abrigo do programa Erasmus, foram duas propostas avançadas por Frans Timmermans em resposta à questão colocada pela secretária-geral da JS, Maria Begonha, sobre as formas de combater a abstenção no espaço europeu.

Para o candidato socialista à presidência da CE, é muito importante a participação nos atos eleitorais, porque as “pessoas que não votam depois não se podem queixar”, disse Timmermans, indicando como exemplo os britânicos que estão agora revoltados com o ‘Brexit’, mas que antes não votaram no referendo.

Esta problemática não é exclusiva do espaço europeu, visto que, segundo Frans Timmermans, “pessoas como Trump [presidente norte-americano] só podem ganhar se as pessoas se mantiverem indiferentes e olharem para o lado”, considerou.

Para o socialista holandês, “Trump quer enfraquecer a União Europeia porque sabe que se a União Europeia estiver unida é mais forte nas negociações” com os Estados Unidos, o que justifica que a administração de Donald Trump tenha vindo a apoiar quem está contra coesão e união da Europa.