Resposta de António José Seguro ao convite do primeiro-ministro para refundação do programa …
O líder do PS exigiu ao Primeiro-ministro que explique aos portugueses o que quer dizer com “refundação do memorando”. “A refundação do memorando é uma singularidade e nós só nos podemos pronunciar depois de conhecermos o que é que o Primeiro-ministro pretende em concreto”, afirmou Seguro.
“Apresente as suas propostas. Diga ao que vem. Seja claro. ” – disse o secretário-geral do Partido Socialista.
Mas o líder do PS deixou claro que “não haverá acordos nas costas dos portugueses e que não contem com o PS para o desmantelamento do Estado Social. O PS não está disponível para nenhuma revisão constitucional que ponha em causa as funções sociais essenciais do Estado”.
António José Seguro afirmou ainda que “o Primeiro-ministro falhou. Está aflito. Meteu-se numa camisa de sete varas e não sabe como sair dela”. Daí ter falado desta singularidade (refundação) e ter-se lembrado do PS. “Agora é que se lembra do PS? Há mais de um ano que ignoram os nossos avisos e as nossas propostas. Fizeram as vossas escolhas, definiram as vossas estratégias, executaram-nas, juraram que iria dar certo e que não havia alternativa, fizeram cinco atualizações do memorando sem terem em conta o PS, enviaram documentos para Bruxelas sem discussão prévia e nas nossas costas, não atuaram na Europa como deviam e quando deviam, desbarataram o consenso político e social e agora é que se lembram de nós?”.
E prosseguiu o Secretário-geral do PS: “O PS sempre esteve, está e estará disponível para ajudar Portugal, mas não peçam ao PS para dar a mão a este Governo e a esta política. Porque este Governo está a fazer mal a Portugal. O próximo Orçamento do Estado não é de salvação nacional, é um OE de empobrecimento nacional. Não somos autores, nem seremos cúmplices desta política de austeridade. Nenhum português compreenderia que o PS fosse aplicar uma política com a qual discorda profundamente. O nosso compromisso é com os portugueses e não com um Governo que chama piegas aos portugueses, que manda os jovens emigrar, que compara o desemprego a uma oportunidade ou que tentou retirar rendimento dos trabalhadores para financiar as empresas”, numa referência à TSU.