Reabilitação urbana com programa pujante para relançar economia
Num discurso perante os muitos participantes que encheram o Largo da Severa, onde decorreu a festa que encerrou a volta pela cidade de Lisboa, o Secretário-geral do PS reassumiu o compromisso “concreto e quantificado” de lançar um “programa pujante” no valor de mil milhões de euros para “pôr a reabilitação urbana a andar e a funcionar neste país, porque é assim que relançamos a economia e podemos criar emprego”.
Um verdadeiro projeto de reabilitação urbana, muito diferente do programa anunciado pela coligação.
Na sua intervenção, António Costa disse que a reabilitação urbana é um exemplo paradigmático de como o Executivo Passos/Portas é errático nas suas escolhas e prioridades.
“O bom exemplo de como este Governo escolhe as políticas erradas é a falta de prioridade que deu à reabilitação urbana. Vimos agora o Governo anunciar com grande surpresa que colocou 50 milhões de euros para reabilitação urbana e que em menos de uma semana esses fundos se esgotaram”, disse.
“É natural, porque o que a reabilitação urbana precisa não é de 50 milhões de euros, o que a reabilitação urbana precisa é de um grande programa, pujante, vigoroso, que relance a economia e que faça reabilitação urbana a sério em Portugal”, defendeu.
O secretário-geral do PS explicou, uma vez mais, que a aposta na reabilitação urbana é fundamental porque “permite relançar o setor da construção, criar emprego, melhorar as condições da habitação, melhorar a qualidade da cidade e melhorar a eficiência energética”.
Direita quer mais austeridade e privatizações
Num discurso marcado pelas alusões às “escolhas muito evidentes” que se vão colocar aos eleitores nas legislativas de 4 de outubro entre o PS e a coligação da direita, António Costa voltou a acusar o PSD e o CDS de quererem prosseguir a política de austeridade e privatizar a Segurança Social, a Educação e a Saúde.
Por outro lado, o líder socialista sublinhou o sucesso das finanças da Câmara de Lisboa, a que presidiu durante oito anos, em contraste com o fracasso do Governo a gerir as finanças do país.
“Eles gostam muito de fazer comparações, então, nós estamos disponíveis para as comparações. E podemos comparar tudo. Podemos comparar como nós gerimos as finanças da Câmara e como é que eles geriram as finanças do país”, afirmou.
António Costa deu como exemplos a taxa mínima de IMI e a descida do IRS decididas pela Câmara de Lisboa e o colossal aumento de impostos no país, assim como o investimento cortado pelo Executivo de Pedro Passos Coelho e o realizado na capital.
Sobre a questão da dívida, que a direita tenta esconder do debate público, após quatro anos de sacrifícios impostos aos portugueses para além do exigido pela troica, o secretário-geral do PS foi claro: “Eles herdaram uma grande dívida e aumentaram-na em mais 18%; nós herdámos uma grande dívida e baixámo-la em 40%”.