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Rangel – Uma cabeça doente

Rangel – Uma cabeça doente

Podemos concordar com a solução de governo, podemos ter grandes desconfianças quanto às propostas do Orçamento do Estado, mas há limites que nos devemos impor na defesa do país.

Opinião de:

Portugal perdeu muito com alinhamentos unilaterais

Vem isto a propósito do comportamento de Paulo Rangel, no universo das instituições europeias, tentando limitar a capacidade do país de se afirmar nas negociações com a Comissão Europeia.

Já não é a primeira vez que Rangel se afirma pela diatribe. Em muitas circunstâncias, olhando as suas prestações televisivas, constata-se uma linha de pensamento “fascista”, por vezes doente.

Rangel tem para si uma ideia só – existe quando se estica, consagra auditório quando vai para além da decência.

Os agentes políticos têm obrigações. Desde logo obrigações para com o seu país, na defesa das nossas instituições perante entidades externas. Rangel deveria saber isso. Mas o que levou o deputado europeu a proclamações maldosas foi, tão só, o facto de não suportar o funcionamento da democracia, de não ter integrado no seu património a possibilidade de se assumir uma nova etapa da nossa democracia e de confirmar um novo papel do parlamento no contexto das relações de poder.

É habitual encontrar, nos grupos radicais europeus, protagonistas que usam o exagero, o atrevimento, a falta de tino para atacar as instituições legitimas dos seus países. Em Portugal sempre pensamos que os nossos deputados em Bruxelas se situavam em campos não populistas. Enganamo-nos. Rangel é um deputado da direita radical, um insuportável agente que deixa mal Portugal.