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Quebrar a experiência do silêncio

Quebrar a experiência do silêncio

Mais do que esperar por uma mudança de mentalidades, é preciso implementar políticas transversais e multidisciplinares que garantam práticas não discriminatórias com base no gêénero. Esta a ideia central sublinhada pela secretária nacional do PS para o Trabalho, Wanda Guimarães, a propósito do encontro “LGBT – Vivências e Direitos”.

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Quebrar a experiência do silêncio

O debate, moderado pela deputada Isabel Moreira, teve lugar no jardim da sede nacional do Partido Socialista e contou com a participação de Gustavo Briz, presidente da Rede Ex-Aequo, Maria Lima de Faria, presidente da Amplos, e Maria da Luz Góis, membro da direção desta associação, Paulo Corte-Real, vice-presidente da ILGA-Portugal.

Na ocasião, foram focadas as vivências dos gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais nos diferentes contextos quotidianos, com especial relevo para o espaço educativo, a saúde e o plano laboral.

Testemunhos de dor e de como é difícil viver com o preconceito foram acompanhados de reflexões sobre a ausência de preparação dos profissionais do ensino perante estas realidades, o tratamento abstrato destas temáticas e a desproteção no âmbito da saúde.

Falou-se pois no imperativo humano, cívico, social e político de “quebrar a experiência do silêncio”.

No capítulo das propostas, foi sublinhada a necessidade de adaptar os programas escolares às diferentes realidades da identidade de género, colocar as problemáticas associadas à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais) na agenda de todos os ministérios, promover a efetiva igualdade de acesso aos direitos, reconhecer a legitimidade representativa das associações LGBT e consagrar cláusulas na contratação coletiva que assegurem a não discriminação por via da identidade de género, entre muitas outras.

Neste debate “LGBT – Vivências e Direitos”, a modo de reflexão, a deputada Isabel Moreira afirmou que “ter direitos que os nossos vizinhos não têm, significa desde logo que deixamos de ter direitos para ter privilégios”.