Qualidade e competência para reforçar o peso de Portugal em Bruxelas
Intervindo ontem na apresentação, em Lisboa, da lista do PS ao Parlamento Europeu (PE), o líder socialista, depois de traçar o que considerou serem as principais diferenças entre os candidatos apresentados pelo PS e os da direita, não deixando de fora uma apreciação também em relação aos candidatos do BE e do PCP, manifestou especial satisfação pelo facto de o PS não precisar de apresentar os mesmos cabeças de lista “pela terceira vez”, numa clara alusão aos partidos da direita, o que só sucede, como reconheceu António Costa, porque o PS “felizmente tem muitos e bons quadros”.
Outra das boas novidades, como também referiu, tem a ver com o facto de a lista do PS às europeias ser “absolutamente paritária”, garantindo ser esta uma opção política sustentada “por convicção e não por obrigação”, defendendo o líder socialista que o decisivo nestas eleições é que se elejam candidatos para grupos “com peso” no Parlamento Europeu, como será sempre o caso dos eleitos pelo PS, evitando dispersar votos em partidos ou grupos “marginais ou excêntricos no Parlamento Europeu”.
E isto, como justificou o Secretário-geral do PS, porque é essencial e absolutamente necessário que quem for eleito para o Parlamento Europeu tenha peso político para ser capaz de influenciar e participar ativamente nas decisões políticas aprovadas não só no PE, como igualmente na própria Comissão Europeia, devendo ainda estar presente também e de forma ativa nas “negociações dos grandes processos legislativos”.
Para António Costa, para que Portugal possa finalmente dispor de uma “nova agenda social” e de uma Europa “mais amiga” do emprego e do crescimento, é determinante ter no Parlamento Europeu “quem possa fazer a diferença” e que lute por estes objetivos o que, em sua opinião, só poderá acontecer “com os candidatos do PS”, enumerando ainda um conjunto de diferenças que, na sua perspetiva, delimitam e fazem toda a distinção entre as listas do PS e as da direita, em particular no caso da Madeira e dos Açores, regiões que para a União Europeia, como referiu o Secretário-geral socialista, “podem ser ultraperiféricas”, mas que na lista do PS nas eleições europeias de 26 de maio próximo “têm representantes ultra elegíveis”.