home

Qualidade do ar em 2017 foi semelhante à registada no ano anterior

Qualidade do ar em 2017 foi semelhante à registada no ano anterior

Apesar de os incêndios florestais, que deflagraram no verão do ano passado, sobretudo na região Centro do país, terem atingido proporções pouco vistas em Portugal, a qualidade do ar em 2017 foi “muito semelhante” à registada no ano anterior. A garantia foi hoje deixada pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, no Dia Mundial do Ambiente.

Notícia publicada por:

Ministro alerta para necessidade de não diferenciar riscos ambientais e financeiros

Segundo o ministro do Ambiente, que falava esta manhã aos jornalistas, à margem da sessão de apresentação do Relatório do Estado do Ambiente (REA) de 2017, documento que reúne 51 indicadores, “dos quais 28 são dados novos”, a qualidade do ar em Portugal, no ano passado, “apesar dos enormes incêndios florestais”, que libertaram partículas para a atmosfera, “aumentando as emissões de gases com efeito de estufa”, foi muito semelhante à registada no ano anterior de 2016.

Tal como o titular da pasta do Ambiente recordou, seguindo os dados apurados pela REA, em 2017, a qualidade do ar em Portugal “foi predominantemente boa”, tendo, contudo, como referiu o ministro João Pedro Matos Fernandes, havido uma “redução na percentagem de dias com classificação de Muito Bom e Bom”, com menos “4% na comparação com 2016”.

Emissões atmosféricas

Para além dos incêndios florestais, Portugal foi ainda vítima em 2017 de um prolongado período de seca, fenómeno que, segundo o ministro do Ambiente, provocou que as emissões atmosféricas tivessem crescido “como não poderia deixar de ser”, levando a que a produção de energia a partir das renováveis “tivesse também diminuído”, obrigando o país a ter que recorrer a outras fontes de energia para obter eletricidade, designadamente, como salientou, às centrais termoelétricas ou a carvão, uma opção que levou a uma maior “emissão de gases com efeito de estufa”.

Para o ministro João Pedro Matos Fernandes, esta foi uma “opção clara” assumida pelo Governo, uma vez que, como referiu, havendo pouca água nas barragens, foi necessário fazer escolhas, sendo que a prioridade “foi dada ao consumo humano”, uma vez que, como aludiu, havia uma redução clara da capacidade de produção de energia a partir das barragens.

Este facto que não evitou, contudo, como acrescentou o titular da pasta do Ambiente, que Portugal tivesse produzido em março mais energia elétrica a partir de fontes renováveis “do que aquela que o país consumiu durante todo esse mês”.

Plástico descartável

Neste Dia Mundial do Ambiente, o ministro alertou ainda para a necessidade de haver, “tão rápido quanto possível”, mudanças claras dos comportamentos na luta contra a poluição pelo plástico descartável, um apelo que vem no seguimento feito há uma semana pela Comissão Europeia, quando divulgou a sua estratégia para reduzir a poluição do mar.

Segundo lembrou o ministro João Pedro Matos Fernandes, a preocupação com a utilização excessiva do plástico por parte da população em Portugal tem vindo a levar o Governo a avançar com medias, tendo em vista obter uma redução da utilização de plástico no quotidiano das pessoas, medidas que vão no sentido, como referiu, que “sempre que possível” se proceda à reutilização dos vários utensílios deste material e, “quando já não têm uso, a sua colocação no ecoponto amarelo”.

A propósito do Dia Mundial do Ambiente, o ministro lembrou que, em Portugal, o Governo escolheu a “gestão do uso da água, a eficiência da utilização de materiais na construção de casas e a redução do consumo de plástico” como “temas principais” da semana do ambiente, que está a decorrer até à próxima sexta-feira, garantindo João Pedro Matos Fernandes que marcará presença em vários eventos ao longo do país.