PSD negou a centralidade da concertação social
“Este debate mostrou que é cada vez mais difícil mobilizar o PSD para um diálogo político que não seja fundado no oportunismo partidário”, lamentou.
Carlos César garantiu que o desejo do Partido Socialista é o de que “o maior número de entidades, parceiros e partidos possam participar nos consensos que são tão necessários no nosso país, mas os consensos exigem clareza, exigem seriedade, exigem crédito pelos seus protagonistas”. “E o que temos visto é uma enorme crise de credibilidade no maior partido da oposição”, acrescentou.
Segundo o presidente da bancada socialista, a falta de credibilidade do PSD “tem acontecido sobre temas sucessivos e é o que voltou a acontecer no caso da Taxa Social Única”.
Carlos César considerou que, no caso da descida da TSU, “a posição dos nossos aliados” à esquerda sempre foi conhecida. “O que se mostrou inesperado, neste processo, é que o PSD, no seu espírito de negação, negasse agora a centralidade da concertação social”, explicou.
“A posição do PSD é tão incompreensível que não há parceiro social que a entenda, e é objeto das maiores críticas de personalidades, designadamente daquelas que historicamente têm sempre sido da área do PSD”, defendeu.
“O PSD está a transformar-se num partido predador: predador de consensos, predador da confiança e até predador da imagem do nosso próprio país”, atacou.
Carlos César acusou o maior partido da oposição de descuidar “a imagem externa do país na obsessão de prejudicar a do Governo”, o que faz com que se transforme numa “oposição enferma, tomada pela negação”.