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PSD escolheu a política de “terra queimada” nas PPP

PSD escolheu a política de “terra queimada” nas PPP

O vice-presidente da bancada do PS Carlos Pereira acusou o PSD de fazer política de “terra queimada” ao votar com as restantes bancadas da oposição pela cessação de vigência do decreto de lei relativo às PPP’s, considerando ainda mais estranho que tenham anunciado no plenário a apresentação de uma proposta “para incluir uma norma interpretativa que já lá estava”.

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PSD escolheu a política de “terra queimada” nas PPP

Porque “o Grupo Parlamentar do PS não quer o país perca tempo à espera do PSD”, vai entregar ainda hoje uma iniciativa legislativa para repor a norma interpretativa que exclui municípios e Regiões Autónomas do diploma geral das Parcerias Público-Privadas (PPP), anunciou Carlos Pereira, na sexta-feira, em declarações aos jornalistas após a votação no Parlamento.

Reconhecendo que “não há grandes surpresas sobre a posição de alguns partidos relativamente às PPP’s”, nomeadamente do PCP e BE, o deputado socialista manifestou “uma perplexidade significativa em relação à posição do PSD”.

“Essa perplexidade ainda aumentou na sequência do debate quando percebemos que a intenção do PSD não foi de contribuir para construir um diploma que fosse mais de acordo com aquilo que são as suas ideias. O PSD resolveu ter uma política de terra queimada chumbando sem apresentar propostas”, acusou.

Carlos Pereira explicou que “o PSD sabia que o PS estava disponível nesta apreciação parlamentar para receber propostas e discuti-las para poder melhorar o diploma”, tendo ignorado esse momento para o fazer, apesar de demonstrar que “havia uma matéria em particular que achava que estava bem e que merecia manter-se, nomeadamente, a norma interpretativa relativamente às regiões autónomas e aos municípios”.

“O que parecia natural, na Assembleia da República, era que o PSD apresentasse essa mesma proposta para ser votada e que pudesse de alguma forma manter-se”, afirmou.

“Ora, não foi isso que aconteceu. O PSD, por uma estranha razão, resolveu pura e simplesmente chumbar o decreto e, pasme-se, dizer que logo a seguir irá apresentar uma proposta para incluir a norma interpretativa que já lá estava”, frisou o parlamentar do PS.

Para Carlos Pereira, isto significa que o PSD “está a fazer o país perder tempo”, na mesma lógica do que “tem feito nos últimos tempos que é bloquear e paralisar o país”, eximindo-se de ser aquilo que considera “importante de um partido alternativo, que é contribuir para que se possam construir as melhores soluções para Portugal.

Perante este facto, o vice-presidente anunciou que o “mais óbvio” é ser a bancada socialista a apresentar a proposta, porque já se percebeu que “o PSD não está preocupado com o país, está preocupado consigo e com o seu futuro”.

“O grupo parlamentar do PS não quer que o país perca tempo à espera do PSD e vai apresentar ainda hoje uma proposta para, pelo menos, voltar a incluir esta norma interpretativa e salvaguardar a questão das Regiões Autónomas e dos municípios”, anunciou.