PSD e CDS reincidiram na imoralidade do aproveitamento político
O Governo seria sempre o “primeiro interessado” na divulgação dos nomes das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, mas teve sempre presente que havia que respeitar o segredo de justiça, garantindo que o Executivo nunca equacionou “divulgar ou não a lista de mortos”, garantiu hoje, em conferência de imprensa, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
Uma tarefa, como lembrou Pedro Nuno Santos, que cabia por inteiro à Procuradoria-Geral da República executar, tal como o Governo sempre assumiu, defendendo que o Executivo português “fez o que lhe competia e comportou-se como é suposto um Governo comportar-se”.
Para Pedro Nuno Santos, o que se passou foi que a lista das vítimas mortais da tragédia de Pedrógão Grande estava sob segredo de justiça, reafirmando que um Governo que se dá ao respeito e “respeita as instituições e o Estado de Direito” não só “cumpre o segredo de justiça”, como simultaneamente repudia qualquer “aproveitamento político imoral”, como o que foi feito por PSD e CDS, em relação à tragédia de Pedrógão Grande.
Um aproveitamento político de uma tragédia por parte destes dois partidos da oposição, que o Secretário de Estado considera “absolutamente inaceitável” num Estado de Direito e numa democracia avançada como a portuguesa.
Política de falsas notícias
Pedro Nuno Santos referiu-se ainda aos hipotéticos suicídios mencionados pelo líder do PSD, Passos Coelho, logo nos dias seguintes ao incêndio de Pedrógão Grande, acontecimentos entretanto já desmentidos, lamentando que o ex-primeiro-ministro tenha embarcado no mundo das falsas notícias, porque em política, como sustentou, “não pode valer tudo”.
Mas como parece que a oposição à direita insiste em prosseguir num contexto errado, realçou ainda o governante, “tivemos agora a mesma situação com mortes que não aconteceram”, com PSD e CDS a “especularem e a tentarem alimentar a ideia de que o Governo português estaria a esconder mortos”, uma atitude “inaceitável” e “imoral” que, defende o secretário de Estado, “deve ser condenada por todos”.