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PSD demonstrou irresponsabilidade e cobardia ao aprovar proposta do Novo Banco na “calada da noite”

PSD demonstrou irresponsabilidade e cobardia ao aprovar proposta do Novo Banco na “calada da noite”

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS João Paulo Correia considerou a proposta do Bloco de Esquerda (BE) que anula a transferência do Fundo de Resolução destinada ao Novo Banco, aprovada pelo PSD, uma “bomba atómica na confiança no sistema financeiro”, representando “a quebra de um compromisso assumido pelo Estado português”.

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PSD demonstrou irresponsabilidade e cobardia ao aprovar proposta do Novo Banco na “calada da noite”

“Isto foi feito com total irresponsabilidade e cobardia por parte do PSD”, já que os social-democratas, na discussão de ontem de manhã, não vieram “a debate sobre o Novo Banco” porque não quiseram “assumir a sua posição”, asseverou o dirigente socialista em declarações aos jornalistas, no Parlamento, depois da aprovação, com os votos favoráveis do PSD, da proposta do BE que anula a transferência de 476 milhões de euros do Fundo de Resolução destinada ao Novo Banco, durante o último dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.

Para o Grupo Parlamentar do PS trata-se de uma “cobardia”, já que, “na calada da noite”, o PSD “juntou os seus votos aos votos do BE para aprovar uma proposta que é uma bomba atómica na confiança do sistema financeiro”.

João Paulo Correia deixou críticas à proposta bloquista: “Esta proposta do BE, que foi aprovada com os votos do PSD, representa a quebra de um compromisso assumido pelo Estado português, a quebra de um contrato e acaba por ser uma bomba atómica na confiança no sistema financeiro”.

O PSD só demonstra que está “com uma sede desmesurada de poder” e, por isso, “quebra princípios que são essenciais para o funcionamento da nossa economia e aquilo que é a credibilidade do próprio Estado português”, denunciou.

“Consideramos que esta posição do PSD, esta irresponsabilidade do PSD de juntar os seus votos aos votos do BE para impedir que o Estado português cumpra um contrato irá causar danos reputacionais à República, com repercussões naquilo que são os juros da dívida pública”, vincou o deputado do PS.

João Paulo Correia disse depois esperar que “haja aqui alguma ponderação” e, nas avocações do plenário que acontecem hoje de manhã, “a última hipótese para que esta proposta seja novamente votada”, se “inverta aquilo que aconteceu agora de madrugada”.