home

PSD deixou-se arrastar para luta pelo reposicionamento da direita

PSD deixou-se arrastar para luta pelo reposicionamento da direita

O primeiro-ministro considera que o PSD foi “arrastado” para apoiar a moção de censura ao Governo, sustentando que esta é uma iniciativa que cumpre com a exigência do CDS para que haja um “reposicionamento” dos partidos da direita, visando saber quem está na “primeira linha do confronto com o Governo”.

Notícia publicada por:

PSD deixou-se arrastar para luta pelo reposicionamento da direita

António Costa desvaloriza o anúncio da moção de censura do CDS ao Governo, considerando tratar-se sobretudo de uma estratégia do partido de Assunção Cristas para assumir à direita a liderança da oposição ao Governo, reconhecendo que o PSD acabou por ser “arrastado” por este expediente do CDS.

Para António Costa, esta é uma iniciativa que desde o primeiro minuto tem “uma sentença de morte” anunciada, um “nado-morto” como também já antes a tinha classificado, lembrando que BE e PCP já anunciaram que vão amanhã, quarta-feira, votar contra a iniciativa no Parlamento, mostrando-se por isso convicto de que esta é uma matéria que nada tem a ver com o Executivo, mas antes com o “reposicionamento” que os partidos da direita sentem ser necessário fazer.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas ontem, à saída do Palácio de Belém, após o Presidente da República ter dado posse aos novos membros do Governo, tendo António Costa considerado que, “face à dinâmica das coisas”, era absolutamente previsível e “natural” que o PSD acabasse por ser “arrastado” para a posição que acabou por tomar de apoiar esta moção de censura.

Para António Costa, o papel do Governo que lidera não é estar a confrontar-se com a oposição, mas, antes, concentrar-se no que lhe compete que é resolver os problemas do país, garantindo “mais crescimento e mais e melhor emprego com menores desigualdades sociais”.