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PS vai defender o carácter público das pensões

PS vai defender o carácter público das pensões

Pedro Nuno Santos afirmou hoje que o Partido Socialista vai garantir a defesa intransigente do sistema público de pensões, assegurando que os socialistas não vão permitir qualquer tentativa de privatização da Segurança Social.

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O Secretário-Geral do PS falava à saída de uma reunião, na sede nacional do partido, com a presidente da APRe! – Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, Maria do Rosário Gama, na qual foram discutidos temas das pensões, da saúde e da habitação.

“É importante defender o carácter eminentemente público do sistema de pensões. Este Governo da AD criou um grupo de trabalho, presidido por Jorge Bravo, que tem posições muito claras sobre aquilo que acha que deve ser feito em matéria de Segurança Social, e para nós é muito importante não permitir qualquer tentativa de privatização parcial da Segurança Social e do sistema público de pensões”, disse Pedro Nuno Santos, referindo não ter ficado “nada convencido” com as explicações do primeiro-ministro sobre esta matéria.

“Temos todas as razões para temer que, caso a AD ganhasse as eleições, iriam fazer aquilo que sempre desejaram, que era privatizar parte da nossa Segurança Social. Era isso que estava claramente a ser preparado”, apontou.

O líder socialista referiu, a este propósito, o drama vivido por muitos dos pensionistas nos EUA, onde vigora um sistema privatizado, que perderam as poupanças de uma vida quando aconteceu a crise financeira de 2008 e que voltam a enfrentar a preocupação e a incerteza atuais, face à desvalorização e à queda da bolsa.

“O sistema público de pensões é uma das maiores conquistas que nós temos. O PS vai defender o seu carácter público, independentemente de cada um, podendo querer fazer as suas poupanças no privado, o possam fazer. Mas sem diminuirmos, fragilizarmos ou privatizarmos o nosso sistema público de pensões”, asseverou.

Pensões com aumentos “permanentes”

Pedro Nuno Santos deixou também expresso o compromisso do PS, sempre que o crescimento da economia o permita, em concretizar aumentos no valor das pensões, com carácter permanente e não de meros ‘bónus’ pontuais como é a estratégia da AD.

“Nós ainda temos muitos portugueses com pensões muito baixas e aquilo que o Partido Socialista defende é, não só o cumprimento do que está previsto na lei, mas sempre que possível fazermos aumentos extraordinários”, disse.

Lembrando que os governos do Partido Socialista, liderados por António Costa, fizeram, em oito anos, seis aumentos extraordinários para lá do que estava previsto na lei, o Secretário-Geral do PS recordou ainda que, agora, na oposição, “apresentámos uma proposta para fazer um aumento também acima do que estava na lei e que teve os votos contra da AD”.

“Aliás, já ouvi diferentes membros do Governo da AD dizerem que aumentaram as pensões e o que fizeram foi cumprir a lei. A AD está habituada a cortar pensões e quando cumpre a lei acha que já fez um aumento”, criticou.

“Sempre que a economia portuguesa nos permitir, vamos fazer mesmo aumentos permanentes, por oposição àquela que era a estratégia do atual Governo e que é também a estratégia da AD, já anunciada por Joaquim Miranda Sarmento, de darem bónus pontuais. O que nós precisamos é de aumentos permanentes e é aquilo que queremos fazer”, reforçou Pedro Nuno Santos.

Aumentar a qualidade de vida dos mais velhos

Numa última nota sobre saúde, o líder socialista defendeu a criação de equipas multidisciplinares para acompanhar domiciliariamente os cidadãos mais idosos, melhorando a sua qualidade de vida e protegendo o SNS.

“Nós temos uma população crescentemente envelhecida e precisamos de mudar o paradigma da saúde em Portugal. Em vez de estar centrada no hospital, tem de estar centrada na comunidade. Temos muitos idosos que vivem em casa, que têm doenças crónicas, e o maior problema, para eles e para o SNS, é as doenças agudizarem-se e terem de ser hospitalizados. Precisamos de equipas multidisciplinares, com médicos enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, que possam acompanhar os nossos mais velhos em suas casas, garantindo que as suas doenças não se agudizam e evitando as idas às urgências e aos hospitais”, defendeu.

“Conseguiríamos aumentar a qualidade de vida dos nossos mais velhos e dos doentes crónicos, e, ao mesmo tempo, também pouparíamos recursos importantes para o Serviço Nacional de Saúde”, concluiu Pedro Nuno Santos.

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