No espaço informativo ‘Prime Time’, o Secretário-Geral destacou que o Partido Socialista está empenhado em avançar com compromissos concretos.
“Vamos promover uma distribuição equilibrada dos recursos pelas autarquias, aproximar os municípios da média europeia em termos de participação nas receitas fiscais do Estado e garantir que a nova Lei de Finanças Locais contribui para valorizar os recursos económicos dos territórios”, afirmou.
Evidenciando que é precisamente nas comunidades e no poder local democrático que o PS encontra a relação de confiança com os eleitores, José Luís Carneiro distanciou-se de cenários derrotistas.
“O PS não é um partido qualquer. O Partido Socialista está no coração de Portugal. Há uma força extraordinária no poder local, expressa nos jovens, nas mulheres e nos homens que constroem diariamente as nossas comunidades”, enfatizou.
Instado a se pronunciar sobre o futuro no âmbito nacional, José Luís Carneiro não escondeu a ambição e o sentido de missão de liderar os destinos do país.
“Se não acreditasse que vou ser primeiro-ministro, não me teria habilitado a ser líder do PS”, indicou, sustentando que a recuperação do eleitorado para o Partido Socialista é possível e passa pela proximidade aos cidadãos e pela resposta a necessidades fundamentais como a saúde, a habitação e os transportes.
“Temos maiores expetativas de recuperação eleitoral no poder local, porque aí nascem as lideranças que formam o país e que podem reconstruir a confiança dos portugueses no PS”, reforçou.
PS será fator de estabilidade
No capítulo do próximo Orçamento do Estado, José Luís Carneiro deixou claro que o PS será “um fator decisivo de estabilidade política”, salientando, porém, que cabe também ao Governo da AD de Luís Montenegro corresponder a esse sentido de responsabilidade socialista.
E nesse contexto, manifestou forte oposição às propostas de alteração à lei laboral entretanto avançadas, que descreveu como “um retrocesso civilizacional”, assinalando que são ainda “profundamente desumanas”.
O Secretário-Geral socialista criticou medidas que, vincou, “promovem a precariedade dos jovens, fragilizam as famílias e desprotegem trabalhadores despedidos sem justa causa”.
“Estamos a falar de lançar milhares de jovens na precariedade e de abrir caminho à exploração laboral”, avisou, ressalvando que o posicionamento socialista “não reflete teimosia política, mas a defesa de um modelo de sociedade assente na dignidade e no bem-estar”.
“Firmeza, determinação e serenidade”
Confrontado com críticas sobre o seu estilo de liderança, José Luís Carneiro reafirmou a sua aposta na proximidade.
“Não gosto de ouvir por ouvir. Gosto de ouvir para envolver as pessoas no processo de decisão. Mas, decisão tomada é decisão firmada, porque firmeza e determinação nunca me faltaram”, enfatizou, recordando ainda o seu percurso no poder local, no Parlamento e no Governo, sempre marcado por “tarefas e missões exigentes”.
O líder do PS fez ainda questão de reiterar o compromisso com uma política de contato próximo com o terreno e com os cidadãos, voltada para as necessidades e problemas reais, garantindo ter “a firmeza, a determinação e a serenidade para levar o PS a voltar a ser o maior partido de Portugal”.
“O Partido Socialista, pela sua marca humanista, não dá espaço ao ódio, mas sim à liberdade”, disse, afastando-se criticamente de dinâmicas eleitoralistas da extrema-direita e reiterando estar confiante numa vitória socialista nas Autárquicas de 12 de outubro.