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PS sai "com mais força" com os apoios recebidos na Internacional Socialista

PS sai "com mais força" com os apoios recebidos na Internacional Socialista

O secretário-geral do Partido Socialista português, António José Seguro, afirmou que o PS “sai com mais força, com mais energia e com mais atualidade” depois dos apoios hoje manifestados no Conselho da Internacional Socialista.

O líder socialista falava ao fim de uma reunião com a dirigente socialista francesa Ségolène Royal e depois de a ouvir dizer, numa conferência de imprensa conjunta, que ficou “muito impressionada” com a credibilidade da proposta do PS.

“Foi um encontro muito importante, somos colegas como vice-presidentes da Internacional Socialista, as relações entre os socialistas franceses e os socialistas portugueses são boas, cada vez mais reforçadas e a nossa proposta política alternativa sai com mais força, com mais energia, eu diria mesmo com mais atualidade, depois destes apoios que temos vindo a receber”, declarou António José Seguro.

Ségolène Royal defendeu que a alternativa em Portugal “está pronta” e afirmou que a Europa precisa de “uma nova energia” no governo de Lisboa, mostrando-se impressionada com o secretário-geral do PS.

Após uma reunião de cerca de meia hora com António José Seguro, a ex-candidata socialista à presidência francesa disse ter ficado “muito impressionada” com a credibilidade das propostas do líder socialista português: “António tem uma visão global do desenvolvimento económico, da alternativa possível”, disse Ségolène Royal, garantindo que, tal como ela, também “o conjunto das delegações” presentes no Conselho da Internacional Socialista, a decorrer em Cascais, “ficou muito impressionado” com o dirigente português.

Com Seguro ao lado, Ségolène Royal afirmou que o discurso do líder do PS na sessão de abertura dos trabalhos do Conselho da Internacional Socialista “fez bem aos socialistas” das cerca de 90 delegações de partidos filiados na organização que estarão reunidos até terça-feira.

Para a dirigente socialista francesa, a alternativa representada pelo Partido Socialista português “não só é credível, mas é sólida, é sustentada em convicções fortes e valores fortes”. “Temos vontade de apresentar juntos uma alternativa e sentimos que nesta altura, em Portugal, a alternativa está pronta”, declarou.

Ségolène Royal afirmou mesmo que a credibilidade de António José Seguro e a necessidade de alternância no governo português “é essencial para o futuro da Europa”.

“Os governos socialistas estão isolados e são minoritários na Europa e precisamos de uma nova energia para demonstrar que a lógica da austeridade para sair da crise é um impasse e é muito perigosa”, defendeu. A política atual, sublinhou, só conduz ao empobrecimento dos cidadãos, e dos cidadãos já de si mais debilitados, acrescentou.

Os socialistas, apontou a dirigente francesa, inventaram outro modelo económico, social e ecológico. “Sairemos da crise económica com outro modelo”, disse, citando propostas concretas: “Como diz o António, com o investimento na massa cinzenta, na formação profissional, esse é o primeiro pilar; na mutação ecológica; e com a reforma financeira: pôr a banca ao serviço da economia”.

Também o presidente da Internacional Socialista, o ex-primeiro-ministro grego Georgios Papandreou, considerou o dirigente português um dos líderes “mais apaixonados” do movimento socialista. “É um líder com visão. Lutou esforçadamente na Europa por um modelo progressista para a recuperação e por uma Europa mais integrada”, disse o dirigente grego no discurso de abertura dos trabalhos.

Ao final da tarde, e depois de Ségolène Royal insistir que há uma alternativa à austeridade, António José Seguro recordou que a proposta do PS aposta numa “saída que concilie a disciplina orçamental, mas coloque a prioridade no crescimento e no emprego”.

“Não há saída para a crise se não apostarmos no crescimento da economia, porque só o crescimento da economia gera a riqueza suficiente para preservar postos de trabalho e para manter níveis de sustentabilidade das funções sociais do Estado”, disse Seguro. “É esta a nossa mensagem: Sair da crise todos juntos, pela via do crescimento e da criação de riqueza e não pela via do empobrecimento”, sintetizou o secretário-geral do PS.