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PS rejeita qualquer corte nas pensões

PS rejeita qualquer corte nas pensões

No debate de ontem na TVI 24, António Costa assumiu sentir alguma frustração pelas propostas apresentadas pelo Bloco de Esquerda (BE), considerando-as “pura retórica” e de serem incapazes de resolver um único problema concreto das pessoas.

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PS rejeita qualquer corte nas pensões

Reagindo às críticas da dirigente bloquista, Catarina Martins, de que o PS se prepara, tal como a direita, para cortar nas pensões, António Costa garantiu que os socialistas não só rejeitam quaisquer cortes nas pensões como sustentam a reposição de todos os cortes que a coligação de direita fez ao longo destes últimos quatro anos de legislatura.

O líder socialista garantiu que o Governo do PS, em matéria de política de aumento de rendimentos, para além da reposição das pensões, restituirá também os apoios sociais, nomeadamente aos idosos, como o complemento solidário para idosos, assim como ao longo da legislatura reporá as taxas moderadoras ao nível que existiam anteriormente.

Lembrou contudo que o PS não embarcará em demagogias e que apenas assume compromissos que sabe que poderá cumprir.

Com vista a assegurar a estabilidade do sistema de pensões, numa primeira fase da legislatura, e caso não haja grandes alterações no atual quadro económico do país, António Costa lembrou que o PS, com exceção das pensões mínimas, “que serão aumentadas”, manterá o congelamento das restantes pensões, lembrando que “fazer o congelamento não é o mesmo que cortar nas pensões, que foi o que a direita fez”.

Seria atrevido da minha parte, disse, e “não seria sério estar agora a comprometer-me com o aumento das pensões quando não tenho hoje a certeza de ter as necessárias condições para poder cumprir com a promessa”.

Aposta forte no emprego

O PS dá grande importância à criação de emprego. Isto mesmo lembrou António Costa quando defendeu que “temos de fazer tudo por tudo para criar mais e mais emprego “, justificando que será através da reanimação da economia e da criação de emprego que “asseguraremos, desde logo, a existência de rendimento e a sustentabilidade da Segurança Social”.

Lembrou por isso que, para além do PS no seu programa eleitoral defender o aumento do salário mínimo nacional, a descongelação da contratação coletiva e de não ignorar o estado em que se encontram muitas empresa, em resultado “das políticas deste Governo de direita”, reconhecendo haver aqui a necessidade de um alívio na carga fiscal, não esquece que um dos fatores que mais podem prejudicar as futuras pensões é a manutenção dos altos níveis de desemprego atuais, realçando que, enquanto as pessoas estão desempregadas, “não estão a formar pensão mas a desvalorizar a pensão que vão ter amanhã”.

Depois de referir a necessidade de aliviar a carga fiscal da classe média e dos trabalhadores em geral, “tão sobrecarregados por este Governo”, o líder socialista disse que, para além da eliminação da sobretaxa do IRS, a proposta socialista é ainda reforçada com o aumento dos escalões deste imposto, lamentando que a proposta do BE em matéria fiscal seja “altamente penalizadora para o rendimento do trabalho”, ao limitar as deduções. António Costa acusou o BE de apresentar uma proposta que a ir em frente representaria “uma enorme asfixia para as famílias”.