PS reforça ligação de confiança com Lisboa
“Obtivemos hoje em Lisboa uma grande vitória. Agora é certo que ganhámos mais duas Juntas do que tínhamos – temos 19 das 24 –, temos maioria na Assembleia Municipal […] e é certo também termos ganho a Câmara pela quarta vez consecutiva”, destacou o autarca reconduzido à frente do Executivo da capital, após ter substituído António Costa, por ocasião da candidatura deste a primeiro-ministro.
Perante uma sala plena de apoiantes, Medina agradeceu aos munícipes: “Obrigado Lisboa, obrigado pela confiança, pela responsabilidade e pelo privilégio”.
E sublinhou que “este resultado foi conseguido pela relação de confiança que há mais de uma década o PS tem com a cidade, uma relação de confiança que começou a ser construída pelo António Costa, que está aqui hoje presente”.
Reassumindo o desafio de “prosseguir esse caminho”, o edil socialista frisou que “a vitória dá força ao partido para continuar o projeto político que “dinamiza a economia, que aposta na redução do desemprego, na criação de mais oportunidades para todos, na projeção de Lisboa como grande capital mundial e global”.
“Ao mesmo tempo, investimos na qualidade de vida e na inclusão social”, destacou.
Refira-se que, além das 17 freguesias que o PS já geria, agora preside também às juntas do Parque das Nações e das Avenidas Novas, anteriormente governadas por independentes e por autarcas do PSD, respetivamente.
No que toca à Assembleia Municipal, a atual presidente, líder do movimento Cidadãos por Lisboa, Helena Roseta, voltou a ser eleita, nas listas do PS.
Alargar base política de apoio
Entretanto, o presidente eleito da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, admitiu que, caso o PS tenha maioria na autarquia, poderá atribuir pelouros aos vereadores da oposição, “caso haja essa vontade”, de forma a ter “apoio para políticas” a concretizar.
“A esta hora ainda não está fechado o número de vereadores [no executivo]. Se o PS tiver maioria absoluta, como desejo e como é expectável, é minha intenção abrir diálogo com as várias forças políticas, disponibilizando-me […] para um pacto para a atribuição de pelouros, caso haja essa vontade”, declarou, em resposta a questões levantadas pelos jornalistas.
Neste sentido, Medina reforçou: “Qualquer que seja o resultado, procuraremos alargar a base política, no sentido de termos mais apoio para as políticas que vamos concretizar”.
De seguida, explicou Medina que os resultados das eleições de domingo “não mudam a nossa natureza política e a nossa natureza firma-se na convicção de que uma cidade é feita da diversidade, a governação da cidade é feita do reconhecimento das diversidades, da procura do equilíbrio, do diálogo, dos pontos de união e não dos pontos de dissenso”.