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PS reafirma que não haverá corte nas pensões

PS reafirma que não haverá corte nas pensões

Com um Governo PS não haverá corte nas pensões, “nem hoje nem amanhã”, garantiu António Costa num grande comício em Portalegre onde pediu a vitória do PS, em votos e em mandatos, nas próximas legislativas.

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PS reafirma que não haverá corte nas pensões

Reafirmando o compromisso há meses assumido, o líder do PS assegurou que todos os pensionistas terão aquilo que a Constituição determina: a integridade da pensão a que têm direito.

Alertou depois para o “rumo de austeridade” que a coligação PSD/CDS quer prosseguir, caso viesse a ganhar as eleições, lembrando aos mais distraídos que a coligação já anunciou que fará novos cortes nas pensões em mais de 600 milhões de euros, o que, salientou, está plasmado no documento que o Governo enviou para Bruxelas, “como se já não tivesse sido suficiente o que já cortaram”.

O Secretário-geral do PS voltou depois a defender a necessidade do aumento do rendimento disponível das famílias e a criação de condições para que as empresas possam investir, lembrando que o “emprego é a chave do sucesso da nossa economia”.

Criticou a coligação de direita PSD/CDS por insistir num modelo de desenvolvimento baseado no “empobrecimento das famílias, nos baixos salários e na precarização das relações de trabalho”.

Depois de apelar à vitória do PS de “todas as formas”, quer em votos, quer em mandatos, reagindo assim às declarações proferidas pelo Presidente da República a um semanário de que convidará a formar Governo o partido político que tiver mais mandatos, António Costa lembrou que, num país europeu e em pleno século XXI, a “única forma de ser competitivo é apostar no conhecimento e na inovação”.

Rui Nabeiro apela ao voto no PS

Figura destacada do meio empresarial português, Rui Nabeiro, fundador do grupo Delta, apelou ao voto no PS, revelando já não ter mais capacidade de resposta para “todos os pedidos de ajuda de pessoas em situação desesperada”.

O empresário defendeu que só o Partido Socialista tem capacidade e propostas sérias, “sustentadas em estudos e números”, para poder inverter o ciclo de pobreza criado e defendido, ao longo da atual legislatura pela coligação de direita PSD/CDS.

Rui Nabeiro defendeu um país mais competitivo, sem nunca “descurar a necessária e constante luta pela melhoria das condições de vida dos cidadãos”, deixando críticas às políticas económicas e sociais da coligação de direita.

A propósito da exponencial pobreza que alastra no país e na sua região em particular, Rui Nabeiro lembrou que todos os dias assiste a “dramáticas situações” de pessoas que o procuram e lhe pedem ajuda, por estarem “completamente desesperadas”, lamentando não ter já capacidade para poder responder “positivamente a todos esses pedidos”.

Mais votos e mais mandatos

Já em Évora, a praça do Sertório foi pequena para todos os que quiseram assistir às intervenções de António Costa e do cabeça de lista do PS pelo distrito, o antigo ministro da Agricultura Capoulas Santos.

Depois de apelar à vitória do PS “com mais votos e mais mandatos”, para “acabar de vez com a querela sobre quem deve ou não assumir a liderança do Governo”, António Costa marcou uma linha clara face aos partidos da ainda maioria de direita, garantindo que o PS “não viabilizará” uma proposta de Orçamento do Estado dos partidos do atual Governo, considerando “absolutamente extraordinário” que se pense que o PS pode ajudar a “prosseguir a mesma política”.

Garantiu ainda que as próximas eleições não vão decidir apenas quem será o primeiro-ministro, mas “qual o caminho que os portugueses querem para o país”.

Clarificação que para o líder socialista passa por uma vitória clara “com maioria absoluta do PS”, para que não restem dúvidas, ou a “menor das hesitações”, nem desculpas de que a “mudança é possível”.

António Costa acusou ainda a coligação de direita de ser o único fator de instabilidade na vida dos portugueses e das empresas, lembrando a incerteza em que deixou, nestes quatro anos, as famílias, os pensionistas e os funcionários públicos.