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PS quer uma maioria clara

PS quer uma maioria clara

É essencial que o PS possa alcançar uma maioria clara nas próximas legislativas, como forma de contrariar a “obsessão” da direita pela austeridade, defendeu ontem António Costa à saída de um encontro em Lisboa com dezenas de representantes do sector da cultura.

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Para António Costa, a melhor forma de virar a página da austeridade, relançar a economia e a confiança e evitar a prossecução das políticas seguidas pelo atual Governo, que “manifestamente produziram maus resultados”, passa por uma maioria clara do PS nas próximas eleições legislativas.

Só com uma maioria clara, disse o líder socialista, será possível pôr em prática um conjunto vasto de novas políticas que contrariem esta “obsessão” da direita pela austeridade com os resultados que hoje estão à vista dos portugueses, quer na terrível espiral de empobrecimento e de emigração, quer na incursão que este Governo de direita tem feito aos salários da Função Pública ou às prestações sociais.

Referindo-se às recentes recomendações do FMI, António Costa reafirmou que elas “vão no sentido oposto àquilo que o PS propõe”, ao insistirem na mesma receita, depois de quatro anos de “dose maciça de austeridade” com o aumento da carga fiscal, do desemprego, da pobreza e com uma recessão de que não há memória em Portugal.

Um Governo do PS, garantiu António Costa, desenvolverá um conjunto de outras políticas que “permitam alcançar os bons resultados que o país precisa”, assegurando o “cumprimento das regras de Portugal na zona euro”.

Quanto à redução do número de funcionários públicos, tal como recomenda o FMI, António Costa referiu que o cenário macroeconómico dos socialistas não prevê uma medida nesse sentido, mas sim uma “aposta na requalificação técnica” de várias áreas da administração pública, defendendo que o atual “nível de funcionários públicos é adequado”.

O Secretário-geral do PS defendeu a este propósito que “é preciso antes começar a reconstituir centros de competência que permitam reintroduzir no sector público muitas das capacidades técnicas que foi perdendo ao recorrer à contratação privada. Isso fragilizou também a proteção do interesse público”, sublinhou.