PS preparado para responder às preocupações dos portugueses

“Tenho as minhas ideias claras, arrumadas, temos um programa feito, as contas certas, portanto, por mim o debate pode ser já”, assegurou o Secretário-geral do PS, em Lamego, durante a visita que realizou à Festa da Nossa Senhora dos Remédios.

Concentrado nas preocupações dos cidadãos, António Costa manifestou-se disponível para fazer um debate com o líder da coligação PSD/CDS, Pedro Passos Coelho, que seja “muito esclarecedor para Portugal”.

“Acho que (o debate) vai ser um momento importante, espero que esclarecedor, com elevação, cordialidade e que permita aos portugueses que, neste momento, ainda não sabem em quem votar, terem confiança acrescida para dar ao PS a maioria que permite fazer uma viragem”, declarou, adiantando haver necessidade de “apostar tudo na criação de emprego digno, de qualidade, com futuro, que permita não só combater o desemprego, como fixar as novas gerações que são fundamentais ao desenvolvimento do país”.

“Isso é que preocupa as pessoas e tenho a certeza de que é sobre esse tema que o debate se há-de centrar”, pontualizou, garantindo de seguida que o PS “tem uma equipa renovada, tem um programa com um conjunto de compromissos que estão escritos e cujos impactos e custos estão avaliados, tem as contas certas”.

E sublinhou ainda que os socialistas sabem bem que aquilo que se comprometem a fazer é aquilo que podem cumprir “e isto é muito importante”.

O Secretário-geral do PS referiu também que nas próximas eleições “as pessoas vão poder escolher entre um primeiro-ministro que já provou que não cumpre no Governo o que promete na campanha eleitoral e um candidato que tem provas dadas quer no Governo, quer no município, que fez sempre mais do que aquilo que prometeu”.

Só o voto no PS pode derrotar a direita

A propósito das declarações feitas na rádio TSF pela porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, segundo a qual o BE recusa coligações com o PS, António Costa lamentou que este partido esteja “num concurso de sectarismo” para combater os socialistas e não a direita.

Além disso, sublinhou que “essa declaração só confirma que quem quer derrotar a coligação de direita e quem não quer lançar o país na incerteza do futuro, sabe que tem que votar no PS”.

Ao reafirmar que o objetivo socialista é obter uma maioria absoluta, o Secretário-geral criticou a postura assumida pelo BE por considerar que ela “não é uma forma construtiva de estar na vida política”.

“Há partidos que vivem simplesmente para serem partidos de protesto, para estarem nas manifestações”, criticou, assegurando que a sua vida política visa resolver os problemas do país.

“É por isso que me candidato e é aí que estou concentrado”, rematou António Costa.