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PS pede aos sindicatos que não deixem morrer negociações sobre recomposição da carreira docente

PS pede aos sindicatos que não deixem morrer negociações sobre recomposição da carreira docente

O deputado do PS Porfírio Silva apelou hoje aos sindicatos dos professores para que as negociações para a recomposição da carreira docente sejam retomadas. “Os sindicatos têm um papel importante numa democracia a sério”, alertou, no Parlamento, durante o debate de atualidade, marcado pelo PCP, sobre a organização do próximo ano letivo, carreira e concursos dos docentes.

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PS pede aos sindicatos que não deixem morrer negociações sobre recomposição da carreira docente

“Apelamos, de novo, aos sindicatos para que deem um sinal claro de que não querem deixar morrer as negociações, para que se possa continuar a construir um acordo justo e sustentável”, defendeu.

Porfírio Silva lembrou que a questão da recomposição da carreira docente é uma matéria que não estava prevista no programa de Governo. No entanto, a atitude do Executivo foi de grande responsabilidade quando este tema surgiu, mostrando-se disponível a negociar.

“O Governo propôs a recuperação de quase três anos de tempo de serviço”, vincou o socialista, considerando que, “seriamente, ninguém poderá desvalorizar a relevância dessa proposta”. No entanto, frisou, “desde que essa proposta foi feita, não houve da parte dos sindicatos nenhum passo de aproximação”.

“Por isso renovamos aqui o nosso apelo: esperamos que as negociações sejam retomadas”, repetiu.

Porfírio Silva considerou de extrema importância que “continuemos a trabalhar para que todos os alunos aprendam mais e melhor e para que todos os profissionais da educação tenham melhores condições para fazer o seu trabalho”. “Não conseguiremos fazer nada disto em ambiente de crispação ou confronto”, garantiu a todas as bancadas.

Governo valoriza os professores

O deputado do PS aproveitou o debate para evidenciar as medidas do Governo na área da educação. Porfírio Silva lembrou que o Executivo combateu a precariedade com “sete mil novas vinculações de professores em apenas dois anos e a melhoria sucessiva da norma-travão; melhores condições de reposicionamento aquando da vinculação; aumento das vagas para vinculações aos quadros de escola; criação da Grupo de Recrutamento de Língua Gestual Portuguesa e regularização da situação dos docentes dos grupos de música e dança”.

Sublinhou ainda a “inclusão dos intervalos do 1º ciclo na componente letiva; a harmonização dos calendários do pré-escolar e do 1º ciclo; a revalorização da monodocência; o regresso do investimento na formação contínua; e o descongelamento das carreiras”.

Porfírio Silva lamentou que muitas destas medidas tenham tido a “oposição da direita”. “Durante o mandato do Governo anterior, a escola pública perdeu dezenas de milhares de professores. E não se desculpem com a troika, porque a direita escolheu investir nos contratos de associação e, ao mesmo tempo, sacrificar a escola pública”, acusou.

“Por isso, PSD e CDS cortaram na educação 1200 milhões de euros além do que estava previsto no memorando de entendimento”, criticou o socialista, que salientou que, pelo contrário, na presente legislatura o Governo do PS já conseguiu aumentar cerca de sete mil professores na escola pública. “Assim se vê quem valoriza os professores”, apontou.