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PS não será parceiro no corte de pensões

PS não será parceiro no corte de pensões

O Partido Socialista recusa qualquer colaboração com os partidos da coligação de direita para cortar 600 milhões de euros no sistema de Segurança Social, nomeadamente nas pensões já em pagamento, garantiu hoje o vice-presidente da bancada parlamentar socialista Vieira da Silva.

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PS não será parceiro no corte de pensões

Em Conferência de Imprensa, na sede nacional, o dirigente do PS tornou claro que o PS não está aberto a qualquer negociação que passe pelo objetivo de poupar 600 milhões de euros no sistema público da Segurança Social, recusando “alinhar” ou ser “parceiro” desta iniciativa da direita.

Vieira da Silva acusou o Governo de estar a tentar “esconder-se atrás do PS” para criar mais um facto político e assim justificar mais um corte no sistema de pensões, garantindo que os socialistas não só não subscrevem o desejo da maioria, como repudiam esta nova versão de “guerra de gerações” que a direita pretende abrir de novo na sociedade portuguesa, entre jovens trabalhadores e pensionistas.

Para Vieira da Silva é claro para todos os portugueses que o Governo de direita enviou já um documento estratégico para a União Europeia onde prevê uma poupança de 600 milhões de euros no sistema, tentando agora introduzir alguma confusão no seu discurso com o pressuposto de se esconder atrás de argumentos falaciosos e disfuncionais, garantindo que o PS não será parceiro desta coligação neste ataque frontal às pensões, “nem hoje nem amanhã”.

Salientou ainda que o PS não considera como “uma opção viável” um novo corte no rendimento dos atuais pensionistas, recordando que o Governo quando o fez no passado sofreu o chumbo do Tribunal Constitucional que considerou esse corte ilegal, enquanto a parte desse corte que passou, designadamente o “ enorme aumento fiscal”, que foi ainda mais acentuado para os pensionistas, é hoje um dos grandes responsáveis pela grave recessão social que o país atravessa.

“O futuro das pensões e as pensões futuras dependem da capacidade que o país tiver de recuperar empregos, estabilidade no emprego e recuperar salários. Esses são os principais três desafios que se colocam ao sistema de Segurança Social”, sustentou Vieira da Silva.

O vice-presidente da bancada parlamentar socialista acrescentou ainda que “enquanto jovens portugueses continuarem a ser qualificados com os nossos recursos e continuarem a ir para o estrangeiro alimentar outras economias”, haverá “um problema por resolver”.