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PS evoca legado de António Guterres nas marcas de desenvolvimento e na construção do futuro

PS evoca legado de António Guterres nas marcas de desenvolvimento e na construção do futuro

O Partido Socialista assinalou ontem os 30 anos do início de funções do Governo liderado por António Guterres, em 1995, numa evocação de algumas das marcas mais relevantes da governação socialista no desenvolvimento do país.

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Começando por dirigir uma palavra de boas-vindas aos novos militantes do partido, que foram recebidos na sede nacional, em Lisboa, a dirigente socialista Mariana Vieira da Silva lembrou, na ocasião, a “constante vontade de abertura” e de criar uma “cultura de diálogo”, que é uma marca do PS e do legado de António Guterres.

“António Guterres deixa essa marca de abertura, de diálogo, de resposta minuciosa a cada um dos problemas que o país tinha, com detalhe, com metas, com objetivos, com quantificação, algo que era uma rutura com os anos anteriores, esse diálogo, essa abertura e essa ideia de que nos dirigíamos a todos e a cada um dos portugueses”, evocou.

Mariana Vieira da Silva salientou, depois, o “exemplo” emanado para a forma como o Partido Socialista tem, ao longo destes anos, governado quando está no poder.

“Porque o PS contribuiu para a construção, para a modernização e para a inovação do nosso Estado social como nenhum outro partido”, disse, traçando uma linha cronológica que vai desde o lançamento do Rendimento Mínimo Garantido à criação do Complemento Solidário para Idosos e, depois, à criação da Prestação Única de Deficiência.

E sobre uma marca que se destaca de entre tantas, a socialista mencionou a Educação, lembrando que em janeiro próximo serão assinalados os 30 anos do Pacto Educativo para o Futuro, que deu concretização à “paixão pela educação”, e também, em 2027, os 30 anos da aprovação da Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar.

Também na saúde, foi no primeiro Governo de Guterres, como lembrou, que se criou a primeira Unidade Local de Saúde, hoje universalizado, destacando ainda um outro elemento fundamental nas políticas do então executivo socialista no combate à pobreza extrema e ao trabalho infantil.

Mariana Vieira da Silva apontou ainda, de entre muitos outros temas do legado da governação socialista, o tema, cuja importância ganha uma particular atualidade, do mercado de trabalho.

“No momento em que o Governo pretende atacar novamente a legislação laboral, baseando-a, mais uma vez, em relações individuais, no enfraquecimento da negociação coletiva e dos sindicatos, e na menor capacidade de protegeremos a vida familiar e a vida pessoal dos cidadãos, foi António Guterres que fixou a semana de trabalho em 40 horas, que lançou o primeiro programa de admissão de trabalhadores que estavam a recibos a verdes no Estado, que lançou o Estatuto de trabalhador-estudante, que lançou o Fundo para os acidentes de trabalho”, lembrou.

“Queria também falar da capacidade de concretização, de que o exemplo máximo é o Alqueva, que representa a ideia de que o país não tem que escolher entre a modernidade e a cultura, entre o futuro e a sua história”, evocou igualmente.

Mariana Vieira da Silva completou a sua intervenção destacando o tema da Ciência, sobre o qual as ideias de António Guterres foram inovadoras, sendo-lhe devida a primeira orgânica de Governo que incluiu o Ministério da Ciência, o programa da Ciência-Viva, a criação da FCT enquanto instrumento de financiamento da ciência, tal como os cientistas a viam e “sem ser imposta por qualquer agenda empresarial, económica ou política”.

“Não é também possível falar de nenhum Governo do Partido Socialista sem falar da Europa e também aqui António Guterres tem uma marca fundamental”, com “uma participação ativa e de quem acredita que constrói a Europa e não apenas obedecer ao que de lá vem”, disse ainda a dirigente socialista.

“Tudo isto só interessa se todos e cada um de nós pensarmos que podemos ter a próxima ideia que vai transformar a realidade no futuro. Esse é o desfio que deixo a todos os novos militantes do PS e a todos aqueles que sabem que é a nós que nos cabe construir esse futuro, um futuro cada vez melhor e que ganhe a confiança dos portugueses”, concluiu.

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