home

PS está preparado para defender o país e os portugueses

PS está preparado para defender o país e os portugueses

Pedro Nuno Santos garantiu, ontem, em entrevista à RTP3, que o Partido Socialista não tenciona transformar a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025) durante o debate parlamentar na especialidade, propondo-se fazer apenas “alterações cirúrgicas” ao documento.

No espaço informativo conduzido pelo jornalista Vítor Gonçalves, o Secretário-Geral do PS deixou claro, mais uma vez, que este OE 2025 “não é do PS, nem nunca será”, vincando que os socialistas não pretendem “transformá-lo na especialidade para que passe a ser”.

“Não vamos deixar de marcar a nossa presença na especialidade, mas nós não vamos fazer alterações de fundo”, enfatizou, lembrando que o partido optou pela abstenção na votação na generalidade e na final global do Orçamento, viabilizando o documento em favor do interesse nacional, mas não prescindiu de o analisar nem de o negociar para obter cedências do Governo em favor do país.

Ao contrariar que a decisão pela abstenção possa traduzir-se num resultado negativo do PS em caso de eleições, Pedro Nuno Santos contrapôs de seguida que a última sondagem feita antes de anunciar o sentido de voto socialista “dava o PS à frente da AD”.

“E isso é extraordinário, tendo em conta que este Governo deu um destino à margem orçamental que herdou do Governo do PS”, atirou o líder socialista, apontando que o executivo da AD chefiado por Luís Montenegro não conseguiu “descolar” até agora, “nem ter essa adesão popular que alguns analistas próximos do PSD fazem crer todos os dias quando falam na televisão”.

Governo continua sem visão para o país

Também a este propósito, criticou os anúncios feitos por Luís Montenegro no Congresso do PSD do passado fim de semana, lamentando que o primeiro-ministro não tenha apresentado “nenhuma visão para o país”.

“Foi apresentada uma lista de compras, uma lista de medidas. Aquilo que parecia é que estava preocupado não tanto com uma visão para Portugal, mas sim em identificar diferentes públicos aos quais queria responder com medidas emblemáticas”, assinalou o Secretário-Geral do PS, alertando para o facto de estarmos a assistir a uma governação “para uma minoria” e à transferência de recursos para o privado, como no caso, exemplificou, da estratégia implementada no Serviço Nacional de Saúde.

Quanto ao plano para a comunicação social do executivo, Pedro Nuno Santos fez um apontamento especial no caso do que o Governo quer fazer com a RTP.

Salientou, então, que a televisão pública é a “que melhor garante a pluralidade de opinião”, sendo por isso “essencial para a qualidade da democracia portuguesa”.

Logo avisou que a perda de receita publicitária prevista pelo Governo vai retirar 20 milhões de euros à estação, comparando com os dois milhões de euros de lucro que teve este ano.

Com visível preocupação, o líder do PS salientou que mesmo personalidades do PSD já se manifestaram contra esse projeto.

“E eu espero, sinceramente, que, neste tema, o senhor Presidente da República tenha também um papel a desempenhar para preservar, para defendermos a RTP”, apelou.

Fazer o que em cada momento é necessário

De volta ao OE 2025, e ao ser questionado sobre como explica aos eleitores a opção pela viabilização de um Orçamento do Estado de direita, Pedro Nuno Santos reafirmou ser “um homem de esquerda”, afastando qualquer deriva no seu posicionamento político.

Neste ponto, Pedro Nuno Santos admitiu sentir “muito orgulho” por ter participado na ‘geringonça’, frisando que essa experiência governativa “é património positivo de todo o PS”.

“Estamos noutro tempo. Se há uma coisa que nós aprendemos com o grande militante do PS, pai fundador deste partido, é que o PS, em todos os diferentes momentos históricos foi sempre capaz de ler a realidade nacional”, afirmou depois o Secretário-Geral, assegurando que os socialistas não desistem do quadro de valores e de princípios em que acreditam.

“Mas sim, termos a capacidade de ler a realidade, sentir o povo português e fazer o que em cada momento é necessário”, disse.

“Estou preparado para, no presente, defender o país, defender os portugueses, defender a nossa visão para Portugal. Temos um trabalho muito importante para reganhar a confiança da maioria do povo português, e prepararmo-nos para governar Portugal e resolver problemas que este Governo claramente não vai resolver”, rematou o Secretário-Geral do PS.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

ARTIGOS RELACIONADOS