PS está a provar que é possível governar de forma diferente
António Costa fala de “um tempo novo” na governação num extenso texto de opinião publicado no dia 2 de Janeiro, no “Diário de Notícias”, com que assinala o início de 2016 e os primeiros 20 dias de governação.
O texto do primeiro-ministro regista os primeiros dias de governo como os primeiros passos para terminar com o ciclo de austeridade no país, através de um conjunto de medidas que “devolvem rendimentos às famílias e melhoram as condições de investimento nas empresas”.
Um “tempo novo” que, sublinha, assenta em “três desígnios: mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade”.
No texto, António Costa salienta que também “os direitos de igualdade e de cidadania saíram reforçados” com a aprovação da lei da adoção por casais do mesmo sexo e a revogação da alteração feita pela direita à lei da interrupção voluntária da gravidez.
Duas medidas que, frisa, visam combater a discriminação e construir uma sociedade mais igual”.
O chefe do Governo considera que o ano de 2016 é marcado pela “urgência de relançar a economia portuguesa e de recuperar as fraturas sociais da austeridade, de combate à precariedade”.
Mas acrescenta que “a este tempo de urgência junta-se uma visão estratégica de reforço da cidadania, modernização da economia e do Estado, de desenvolvimento do país que assentará nos pilares do conhecimento: a cultura, a ciência e a educação”.
Responder aos desafios exigentes do país
Por outro lado, António Costa sublinha que “depois de quatro anos em que dominou a ideia de que a austeridade era a única solução, este governo e a nova maioria parlamentar provaram que é possível governar de forma diferente”.
Mas também que “é pela via do diálogo, da concertação e da transparência que podemos atingir uma plataforma comum que responda os exigentes desafios que se colocam ao nosso país”.
O primeiro-ministro cita ainda Sérgio Godinho, que cantou em 1974 que «a sede de uma espera só se estanca na torrente», para referir que, “depois destes brutais anos de austeridade, temos de gerir com inteligência a torrente, transformando a sua força em energia e progressivamente ir alargando as margens, aplacando a velocidade a que corre o caudal, permitindo navegação tranquila e com rumo certo”.