PS está a cumprir uma mudança necessária ao país
Intervindo na Comissão Nacional do PS, António Costa começou por recordar que a visão dos socialistas sobre a função da escola pública é, desde há muito, diferente da dos partidos da direita, PSD e CDS, sustentando que a função da escola “não é excluir ou selecionar” mas incluir, transmitir conhecimentos e dar oportunidades a todos de poderem adquirir conhecimentos.
Escola pública é instrumento de inclusão
Defendendo que a escola deve ser um instrumento de inclusão e de formação e um fator fundamental de elevação social, António Costa justificou a introdução das provas de aferição, em alternativa aos exames nos quartos e sextos anos, como forma de “avaliar o funcionamento da escola”, mas também como um modelo mais adequado para que se possa aquilatar a situação de cada um dos alunos.
Depois de garantir que o Governo prosseguirá uma linha de “gradualismo”, porque “não podemos mudar tudo já”, uma vez que “temos de compatibilizar a vontade de mudança com o compromisso que também assumimos de conduzir o país para uma situação estável do ponto de vista orçamental”, o primeiro-ministro e líder socialista relembrou que o PS desde sempre tem sustentado a existência de uma escola pública de qualidade para todos, e “não uma escola pública de exclusão daqueles que não tiveram oportunidade de alcançar os melhores resultados”, reafirmando que com o PS “ninguém ficará para trás”.
Prometemos e estamos a cumprir
Rejeitando as críticas do PSD e do CDS que acusam o Governo socialista de estar a reverter tudo o que fora feito anteriormente, o secretário-geral do PS contrapôs que cada decisão que toma é aferida com “peso, conta e medida”, o que não implica, sustentou, que “não estejamos atentos à necessidade de virar o mais rápido possível a página da austeridade”, mas sem com isso “arrastarmos o país para uma situação de incumprimento perante a União Europeia”.
Sustentando que a estratégia da austeridade seguida pela direita durante os últimos quatro anos e meio só trouxe a Portugal “destruição de emprego e de empresas e empobrecimento das famílias”, tendo conduzido o país a uma situação de maior endividamento, impossibilitando a necessária estabilização das finanças públicas ou do relançamento da economia ”, António Costa foi perentório ao defender que as mudanças que o Governo do PS está a introduzir não visam uma transformação “pela simples vontade de mudar”, mas porque “prometemos e estamos a cumprir que íamos fazer a mudança porque ela era necessária”.
Prosseguir a mesma política, alegou o primeiro-ministro, era alcançar inevitavelmente “os mesmos maus resultados que a direita nos deixou”, e “nós não queremos continuar por esse caminho”.