PS empenhado em construir um sistema fiscal justo
Durante um pedido de esclarecimento ao primeiro-ministro, a socialista admitiu que “ainda há muito caminho para fazer para promover mais justiça social e menos desigualdade”, sublinhando que, neste ponto, o “programa do Governo é muito claro”, uma vez que “refere expressamente a progressiva eliminação de diferenças nas taxas que são aplicadas aos diferentes tipos de rendimento, permitindo mais progressividade nos impostos”.
O documento “diz expressamente que vamos continuar o trabalho que fizemos de aumento dos escalões do IRS, permitindo novo alívio fiscal para as famílias”, e é “claro a dizer que vamos eliminar as deduções e benefícios fiscais que hoje têm efeito regressivo e vamos continuar a combater o planeamento fiscal agressivo”, frisou.
Para os que “hoje dizem, sem reservas, que o Partido Socialista aumentou a carga fiscal”, Marina Gonçalves recordou que “foram os mesmos que votaram contra a redução dos impostos diretos” que o partido promoveu durante os quatro últimos orçamentos do Estado, que permitiram que “as famílias portuguesas hoje paguem menos mil milhões de euros em IRS”.
Cumprir com a palavra dada aos portugueses
Já o deputado José Luís Carneiro recordou os últimos quatro anos de governação do Partido Socialista, que foram “capazes de restituir confiança nas instituições e no Estado de direito democrático”.
“Durante os últimos quatro anos, em detrimento do encerramento de serviços – de saúde, de administração fiscal, de administração da justiça –, denegando o Estado e as suas responsabilidades fundamentais às populações, optámos por reforçar os meios, por modernizar a administração e por restituir dignidade nesses serviços na sua relação com as populações”, congratulou-se.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS frisou que o Executivo socialista também recuperou “a confiança na escola pública, nas instituições de ensino superior e nas instituições que compõem o nosso sistema científico nacional”.
“Conseguimos promover uma política de recuperação de rendimentos, conseguimos garantir a estabilidade do sistema financeiro e do sistema bancário, gerámos confiança nas famílias, gerámos confiança nas empresas, as empresas investiram e criaram emprego, e o emprego estimulou o consumo e a produção interna”, enumerou.
PS coloca todo o empenho ao serviço de se viver melhor em Portugal
A vice-presidente da bancada do PS Maria Begonha optou por se focar num “tema central para toda a sociedade portuguesa”, sobretudo para as gerações mais novas: a emancipação dos jovens portugueses.
Ora, de acordo com a também líder da Juventude Socialista, “os últimos quatro anos recuperaram a ambição nas qualificações, no emprego, na habitação e na mobilidade, os quatro eixos fundamentais que podem definir a emancipação jovem”.
“Dessa ambição resulta uma descida do desemprego jovem para níveis históricos, a existência de menos contratos precários, o lançamento de uma nova geração de políticas de habitação, melhor investimento na escola pública, mais investimento no ensino superior e também um novo paradigma de políticas de mobilidade”, atestou.
A parlamentar deu como “certo que o Partido Socialista coloca todo o seu empenho e a sua agenda política ao serviço de se viver melhor em Portugal”, mas “o Governo fez já, também, a sua escolha, porque temos um programa de Governo que se compromete com caminhos e soluções para o mais essencial: dar combate às desigualdades que impedem percursos de vida, reforçando a liberdade de escolha e a liberdade de todos os jovens de exercerem os seus direitos e aspirações fundamentais”.