PS elege como grandes eixos prioritários o combate às desigualdades, alterações climáticas, desafio demográfico e sociedade digital
Na sua intervenção na reunião da Comissão Política Nacional, o líder socialista referiu-se ao necessário combate à complexa questão das alterações climáticas, tendo considerado este como um dos “eixos centrais” que devem prevalecer no futuro programa eleitoral do PS, que será aprovado em Convenção Nacional no dia 20 de julho, a par do “desafio demográfico, da educação dos jovens e da formação profissional, do combate às desigualdades e da transição para a sociedade digital”, ponto que António Costa classificou como “essencial para a modernização da administração pública e do tecido empresarial”.
Para além destes objetivos, António Costa avançou ainda com o objetivo de fazer cair a dívida pública abaixo dos 100% do produto até 2023.
O líder socialista garantiu ainda que até 2023, “caso o PS volte a formar Governo” na sequência das eleições legislativas de outubro, para além das prioridades já anunciadas e dentro de um quadro mais vasto de “reforço da democracia”, haverá ainda uma “grande preocupação” por outras áreas, salientando, designadamente, o “aprofundamento da descentralização, a manutenção de um quadro económico de contas públicas certas e a valorização das funções de soberania”.
Em relação especificamente a este último ponto, António Costa recordou que Portugal assumirá a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2021, uma direção que terá como tema central as relações com África, recordando que a credibilidade do país passa igualmente por manter a aposta em contas públicas certas, desiderato que lhe permite “prosseguir uma trajetória com a União Europeia”.
Promessas cumpridas
Segundo António Costa, a menos de cinco meses de se concluir a presente legislatura, o Governo cumpriu o que prometeu aos funcionários públicos, designadamente em relação à recuperação dos direitos que lhes tinham sido cortados pelo anterior Governo de direita e ainda pela “reposição dos seus rendimentos e carreiras” profissionais, para além de o país usufruir hoje de um “quadro económico com contas certas”, como também fez questão de referir, o que há muitas décadas não se verificava.
Reforçar a democracia foi, em suma, o apelo lançado ontem por António Costa na reunião da Comissão Política Nacional, o que significa, como destacou, “prosseguir o processo de descentralização, aumentar os mecanismos de transparência e de combate à corrução, aumentar a qualidade dos serviços públicos, manter as contas públicas certas e ter uma política económica estável que permita que Portugal possa prosseguir uma trajetória a par com a União Europeia”.