A grande família socialista tornou-se oficialmente maior esta quinta-feira, com a realização, na sua sede nacional do partido, em Lisboa, de uma sessão de acolhimento aos novos militantes, marcada por forte simbolismo e por uma mensagem de esperança no futuro.
Entre 2024 e 2025, 6.507 novos militantes juntaram-se ao partido — pessoas de diferentes idades, origens e percursos, unidas pela vontade de construir um país mais justo e mais solidário.
O mote da cerimónia — “Cada novo militante é uma nova esperança no futuro que queremos construir” — resumiu o espírito de um encontro em que os socialistas reafirmaram a sua identidade num partido da liberdade, da igualdade e da fraternidade, fiel aos valores fundadores do socialismo democrático.
Na sessão, que contou com a presença de fundadores e dirigentes históricos do PS, o Secretário-Geral, José Luís Carneiro, sublinhou tratar-se de um “momento especial”, evocando os criadores da Ação Socialista Portuguesa — Mário Soares, Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa — e saudando todos os que agora se juntam ao PS.
“Saúdo os 6.507 militantes que, desde que saímos do governo, quiseram assumir um compromisso especial com a militância. No PS encontram a maior garantia da defesa da liberdade, da igualdade e da solidariedade em Portugal”, assegurou.
Na ocasião, o líder socialista destacou que o PS é “um partido de todas as gerações, de todas as classes e grupos sociais, um partido interclassista e intergeracional”, presente em todo o território nacional e que “foi, é e continuará a ser a grande força de transformação da sociedade portuguesa”.
Recordando os 30 anos da tomada de posse do XIII Governo Constitucional, liderado por António Guterres, José Luís Carneiro evocou um tempo “em que a política se fazia com empatia, responsabilidade e visão de futuro”, sublinhando as marcas duradouras da governação socialista: a expansão da educação e do ensino pré-escolar, o reforço das redes de apoio social e a criação do Ministério da Cultura e da Ciência como pilares da cidadania e da igualdade de oportunidades.
Compromisso com o futuro
De seguida, reafirmou que o partido “não desiste do compromisso com o futuro”, apontando prioridades claras: a habitação, a saúde, a educação e os transportes públicos.
“Queremos garantir que todas as famílias têm acesso a uma habitação condigna, combater o caos nas urgências hospitalares e assegurar uma educação de qualidade para todos, valorizando também os transportes urbanos e a mobilidade sustentável”, defendeu.
Aos novos militantes, José Luís Carneiro deixou um apelo à participação cívica e à coragem política.
“Contamos com a vossa energia, com a vossa força e com a vossa coragem. O PS é feito de militantes que lutaram na clandestinidade e que enfrentaram as maiores dificuldades para que hoje todos possam viver em liberdade. É com essa mesma coragem que continuaremos a construir o futuro”, recordou.
No final da cerimónia, o líder socialista entregou aos novos militantes uma edição de bolso da Declaração de Princípios do PS, reafirmando “os valores do socialismo democrático para os próximos 50 anos”.
A força tranquila da mudança
Antes, o Secretário Nacional para a Organização, Luís Parreirão, abriu a cerimónia de acolhimento, destacando o “orgulho” com que o partido recebe os novos militantes e realçando o dinamismo da mobilização socialista.
“Em 308 municípios, tivemos adesões em 268 e em 480 secções. O PS é um partido com implantação nacional, cada vez mais jovem e mais qualificado. Quando tantos escolhem entrar no PS, é porque sabem que o PS é a força tranquila da mudança”.
Parreirão sublinhou ainda que “ser militante do PS é um compromisso com a cidadania e com o exercício da vida pública”, lembrando que, em democracia, “o envolvimento político é o caminho mais nobre para mudar o país e servir as pessoas”.

A voz das novas gerações
Em representação dos novos militantes, Daniela Cartaxo Serralha usou da palavra para expressar “orgulho e sentido de missão” por se juntar à família socialista.
“Estou aqui porque acredito que a política é, antes de mais, o ato de servir as pessoas. Entrei para o Partido Socialista porque é o partido mais plural e democrático, o único capaz de fazer frente ao populismo, ao ódio e à desinformação que ameaçam o nosso futuro”, afirmou.
A jovem militante destacou a habitação como “o principal desafio do presente”, frisando que “não há liberdade sem casa, nem dignidade sem teto”.
“Acredito no compromisso do PS e na política como missão cívica de transformação. Entrar para o Partido Socialista é assumir o dever de lutar todos os dias por um país mais justo, mais livre e mais humano”, finalizou a nova camarada.
