home

PS denuncia duplo descaramento de Portas

PS denuncia duplo descaramento de Portas

O PS desafia a coligação PSD/CDS a apresentar as contas do seu programa eleitoral, acusando o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, de mentir quando diz que os socialistas reviram o cenário macroeconómico.

Notícia publicada por:

Os desaparecidos

“O senhor vice-primeiro-ministro veio dizer que é a terceira vez em três meses que o PS revê o cenário macroeconómico, o que não é a melhor forma de gerar confiança, nem segurança. Doutor Paulo Portas, esta afirmação é, em primeiro lugar, uma mentira”, afirmou, categórica, a secretária nacional Ana Catarina Mendes, em conferência de Imprensa realizada na sede nacional do partido.

A dirigente socialista explicou de seguida que o PS apenas cumpriu mais uma fase do processo a que se tinha comprometido e, depois da elaboração do cenário macroeconómico em abril e da apresentação do programa eleitoral, divulgou os impactos económicos de todas as medidas do programa.

“Foi a única força partidária que o fez claramente”, lembrou, desafiando todos os adversários às legislativas de 4 de outubro, “e em particular a coligação”, a apresentarem as suas contas.

Classificou ainda como um “duplo descaramento” as afirmações de Paulo Portas, na medida em que as críticas partem do líder de um dos partidos da coligação – o CDS – que “não só não tem contas que suportem o programa eleitoral da coligação, como não parece interessado em apresentá-las”.

“Os portugueses não aguentam mais campanhas de mentira como a das legislativas de 2011, com mentiras do PSD e CDS, não aceitam que o Governo se comprometa em Bruxelas com um corte de 600 milhões das pensões e depois esconda o seu programa eleitoral apresentado ao país”, vincou, acusando a direita de ter “duas caras”, uma em Bruxelas e outra em Lisboa.

Por outro lado, continuou, “é um descaramento acusarem o PS de instabilidade, quando o próprio Governo conseguiu, em quatro anos, bater todos os recordes de alterações orçamentais, com a apresentação de quatro Orçamentos do Estado e oito orçamentos retificativos”.

Por isso, “o doutor Paulo Portas está enganado, não é o PS que está em falta, é a coligação de direita que, por ter algo a esconder ou por puro laxismo, revela desrespeito pelos eleitores e procura atacar o PS para esconder as suas próprias falhas”, reforçou, considerando que a apresentação das contas do programa eleitoral é um “exercício de rigor e transparência”, pois todas as medidas têm impactos económicos.

“O PS estudou, fez as contas e apresentou os resultados. Agora é tempo de perguntar à direita onde estão as suas contas”, concluiu Ana Catarina Mendes.