PS critica ”esquecimento” a que CDS votou a Cultura quando era Governo
O parlamentar socialista frisou que o CDS-PP tentou discutir três temas distintos: o envelope financeiro, o regulamento do apoio às artes e uma lista “ainda provisória” das companhias que serão financiadas. “Misturar três debates que são diferentes não é sério e não contribui para o esclarecimento do que devem ser as questões desta mesma matéria”, alertou.
O CDS também deixou de lado “o esquecimento que votou ao próprio setor e ao acompanhamento que o Governo anterior fazia desta área”, denunciou Pedro Delgado Alves, que recordou que o Executivo PSD/CDS “deixou um legado de ‘zero acompanhamento’ aos programas” de apoio às artes, o que “dificulta a seriedade e a capacidade de avaliação que tem de se fazer quando se olha para esta matéria”.
O deputado do PS deixou um exemplo do investimento do atual Governo na área da cultura: os carrilhões do Palácio Nacional de Mafra. Pedro Delgado Alves lembrou que o anterior Executivo de direita vinha a anunciar desde o ano de 2014 que iria financiar as obras necessárias dos sinos. No entanto, o Tribunal de Contas deu agora o visto e será o Governo do PS a “resolver um problema com 14 anos”. “Os carrilhões não cairão e voltarão a tocar os sinos em Mafra”, congratulou-se.
Quanto ao reforço de 2,2 milhões de euros para a cultura anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, Pedro Delgado Alves revelou que permitirá um aumento de 43 entidades financiadas na lista provisória. “Portanto, não só temos 183 entidades que vão ser apoiadas – mais 43 que no ciclo anterior –, como efetivamente isto representa um aumento do financiamento médio para cada uma delas e a possibilidade adicional de já dar uma resposta e solucionar parte dos problemas que temos vindo a encontrar”, anunciou.