PS considera normais diferenças de previsões entre Governo e Comissão Europeia
Estas posições foram assumidas por João Galamba depois da divulgação das previsões económicas da primavera da Comissão Europeia, segundo as quais o défice orçamental de Portugal será de 2,7% este ano, acima dos 2,2% previstos pelo Governo.
“Recomendo que seja a feita a leitura não só do capítulo sobre Portugal, mas sobre todos os outros Estados-membros da União Europeia, porque há divergências em relação às previsões da Comissão Europeia não só sobre Portugal, mas sobre todos praticamente todos os Estados-membros”, disse o dirigente socialista.
Segundo o membro do Secretariado Nacional do PS, “os pressupostos e a metodologia usados nas previsões da primavera da Comissão Europeia “não são exatamente os mesmos que os usados pelos Governo, quer na elaboração dos orçamentos, quer nos programas de Estabilidade”. Portanto, sustentou, “são normais estas diferenças”,
O porta-voz do PS considerou ainda que, tendo em conta a execução orçamental, “não há nenhuma razão” para se colocar o cenário de medidas adicionais.
“A execução orçamental está inteiramente em linha com o esperado. Portanto, mantemos total confiança nas previsões que constam no Orçamento do Estado para 2016”, acrescentou.
Comissão confirmou chumbo do anterior Governo
Por outro lado, o porta-voz do PS, João Galamba considerou que a Comissão Europeia “confirmou” que o Governo anterior falhou a meta do défice em 2015 e acusou o PSD e CDS de terem tentado ignorar esse dado.
João Galamba respondia às críticas do PSD e do CDS sobre a falta de credibilidade das projeções macroeconómicas do atual Governo socialista, lembrando que “A meta de défice 2,7% do anterior Governo ficou em 3,2%”.
Depois de reafirmar que a Comissão Europeia tem previsões diferentes daquelas que foram feitas pelo atual Executivo, o porta-voz do PS lembrou que “em relação ao anterior Governo, já não estamos a falar em previsões distintas. No ano passado, quando o anterior Governo apresentou o Programa de Estabilidade, a Comissão Europeia previu um défice de 3,2% e o executivo da altura estimou que ficasse em 2,7%. Hoje, já sabemos que quem tinha razão era a Comissão Europeia”.