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PRR português é dos que mais apoios disponibiliza às empresas

PRR português é dos que mais apoios disponibiliza às empresas

O Plano de Recuperação e Resiliência que Portugal apresentou à Comissão Europeia está entre os que “têm maior proporção de apoios às empresas e o único que tem um apoio à capitalização e ao investimento produtivo”, garantiu o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que lembrou que este último ponto visa responder a um dos “principais défices específicos da nossa economia”.

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Pedro Siza Vieira, PRR

Falando na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, na apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência numa sessão sobre os ‘Desafios e Oportunidades do PRR’, o ministro insistiu na ideia de que este é um plano que pretende também “acelerar os aspetos positivos da nossa economia”, através de “reformas e de investimentos” que ajudem a “superar os desafios estruturais”, avançando com medidas que possam contribuir para “acelerar a transferência de conhecimentos e tecnologias do sistema científico e tecnológico para as empresas”.

Trata-se de um plano, ainda de acordo com Pedro Siza Vieira, que pretende ajudar a economia portuguesa, por um lado, a ultrapassar o “défice crónico” de financiamento às empresas para investimento produtivo, mas também de avançar com soluções capazes de ajudar a minimizar a “reduzida dimensão das empresas”, uma realidade que constitui um dos elementos estruturais que está diretamente na origem de uma menor produtividade, mas também a causa das “baixas qualificações da gestão”. Sendo este também um plano, como referiu ainda o ministro, que pretende consolidar e reforçar as qualificações da população ativa, ajudar a transformar a economia, designadamente baixando a intensidade carbónica e “melhorar o ambiente de negócios e a justiça económica”.

Mais exportações

Nesta sua intervenção, o ministro da Economia, depois de mencionar o crescimento de 50% registado nas exportações nacionais na última década, que passaram de “60 mil milhões em 2011, para mais de 90 mil milhões de euros em 2019”, concordou que apesar da economia portuguesa registar “crescimentos débeis” durante a primeira década do século, com causas ligadas às “duas crises que reduziram o PIB e a produtividade”, há também “tendências de futuro que devemos estimular”, com destaque para a “subida das exportações com as empresas a vender mais produtos para mais mercados”.

Ainda segundo o titular da pasta da Economia e da Transição Digital, a subida de mais de 10% das exportações portuguesas nos últimos dez anos no mercado do euro deve-se, em grande medida, ao facto de Portugal ter começado a apostar na produção de bens de alta e média-alta tecnologia, que representaram, em 2011, 35% das vendas nacionais ao estrangeiro e em 2019, 40%, com as empresas portuguesas, no seu conjunto, a “exportarem mais bens, entre janeiro e junho de 2021, do que no mesmo período de 2019”.

Mudança necessária

Para o ministro Pedro Siza Vieira, se existe alguma certeza associada a uma clara decisão sobre o PRR é que este é um plano que vai “acelerar a mudança” e ajudar a economia portuguesa a enfrentar, na próxima década, um conjunto de desafios como o de “assegurar o crescimento sustentado da economia”, sobretudo através do “aumento da produtividade assente na inovação e nas qualificações”. Mas também apostando no “potencial dos setores tradicionais”, investindo igualmente no “acesso aos mercados globais”, para além da importância de “captar recursos humanos para a fileira das tecnologias digitais”, área na qual, segundo afirmou, Portugal se confronta com uma “assinalável escassez”, apesar de ser também um setor onde o país está “excecionalmente bem colocado”.

Para que o país possa enfrentar e minimizar toda esta problemática da falta de recursos humanos qualificados na área das tecnologias digitais, lembrou Pedro Siza Vieira, existe um instrumento fundamental que a Europa colocou à disposição de Portugal, o ‘Next Generation UE’, assumindo o ministro que o PRR tem de ser encarado como um “acelerador de transformações estruturais da economia” e um “instrumento complementar” dos restantes instrumentos financeiros que estão disposição da economia nacional, como o Portugal 2020 e o Portugal 2030.

Nesta sessão, o ministro de Estado e da Economia presidiu ainda à assinatura do contrato de investimento entre a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e o consórcio liderado pela Continental Advanced Antenna Portugal, no valor de 10 milhões de euros. A iniciativa visa criar novos conhecimentos técnico-científicos de ponta nas áreas das tecnologias de digitalização, computação e cibersegurança, sendo um projeto que vai permitir desenvolver novos produtos de alta intensidade e fiabilidade tecnológica, a sair de uma nova unidade fabril que esta empresa quer abrir em Portugal, criando 29 novos empregos altamente qualificados e 34 bolsas de investigação.

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