Proteção Civil vai estar envolvida na distribuição das vacinas contra a Covid-19
No ato de posse do novo responsável pela ANEPC, que foi presidido pelo primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Administração Interna começou por pedir ao Brigadeiro-General José Manuel Duarte da Costa que prossiga o percurso feito ao longo dos últimos três anos, sustentando que é também nos momentos de passagem de testemunho que muitas vezes é preciso “aprofundar o caminho que vem sendo traçado”, reconhecendo ao empossado, pela sua experiência e pelas “qualidades pessoais e profissionais”, as necessárias aptidões para enfrentar os novos tempos em que a Proteção Civil será cada vez mais o “garante da segurança, da coesão e da paz e apta a responder a desafios múltiplos”.
O ministro referiu-se depois às tarefas que estão reservadas ao sistema da proteção civil nos próximos anos salientando, designadamente, a “concretização de uma estrutura de proteção civil e de planeamento civil de emergência integrados e de resposta múltipla” que, de acordo com Eduardo Cabrita, decorrerá em paralelo com o “reforço de uma cultura de prevenção”, que seja capaz de substituir a da “mera reação no momento de catástrofe”, e com o fortalecimento da estrutura da “força especial de proteção civil”, visando “alargar a sua capacidade de intervenção”.
Outro dos temas mencionados pelo governante na posse do novo presidente da ANEPC teve a ver com a visão da gestão integrada dos fogos rurais com entidades como a meteorologia ou a Força Aérea e as sinergias que deverão existir igualmente entre a Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, de forma a que se gere um ambiente de “maior estabilidade”, defendeu ainda o ministro da Administração Interna, no meio dos que “servem o sistema de proteção civil”, designadamente em matérias tão importantes como o “preenchimento de objetivos institucionais, com dirigentes escolhidos por concurso e quadros que desenvolvem a sua ação num regime de carreira”.
Distribuição de vacinas
Outra das novidades trazidas pelo ministro Eduardo Cabrita foi a referência ao envolvimento desta estrutura, “juntamente com entidades da área da saúde”, na programação, planeamento e distribuição futura das vacinas contra a Covid-19 pelos portugueses, logo que estas “estejam disponíveis”.
O titular da pasta da Administração Interna deu ainda conta de que a ANEPC tem estado, nas últimas semanas, muito envolvida em coordenar a criação de estruturas de apoio de retaguarda para acolher pessoas com Covid-19 “sem necessidade de internamento hospitalar e de utentes de lares”, deixando a este propósito um especial agradecimento ao até agora primeiro responsável pela estrutura, Tenente-General Mourato Nunes, pela forma particularmente exigente e profissional como desempenhou as suas funções “em tempos particularmente difíceis”, mas que hoje marcam a diferença, como acrescentou o ministro Eduardo Cabrita, “entre o dia em que, em novembro de 2017, aqui estivemos e a serenidade com que hoje marcamos a evolução para um novo tempo”.