Proteção Civil mais equipada do que nunca

O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, afirmou que Portugal tem este ano a «maior cobertura de sempre em meios aéreos» para combater incêndios florestais. A declaração foi proferida na Guarda, numa das 19 bases do país de prevenção e ataque aos incêndios florestais.

“Existem 55 meios aéreos no continente, mais um na Madeira, a funcionar com uma lógica muito direcionada para o primeiro ataque”, disse José Artur Neves, acrescentando que o dispositivo de combate a incêndios dispõe de 40 helicópteros, entre médios e ligeiros, havendo ainda brigadas helitransportadas do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.

As equipas GIPS estão dispostas nos 18 distritos do continente, sendo que, além de estarem integradas numa “estrutura muito bem preparada” de combate aos incêndios, fazem parte da força policial de ação direta e investigação e, também, de vigilância do terreno.

A boa articulação entre as equipas helitransportadas e os elementos no terreno nas ações de vigilância já permitiu “apanhar vários incendiários” e “queremos potenciar esta vigilância e ataque imediato”, declarou o governante.

GIPS vão receber mais 80 viaturas de combate

O Governo decidiu adquirir 80 viaturas ligeiras de combate aos incêndios através de um investimento de 2,2 milhões de euros. As viaturas destinam-se a reforçar os meios das equipas do Grupo de intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR).

As primeiras 20 das 80 viaturas foram já entregues no passado dia 3 de julho numa cerimónia que decorreu em Lisboa.

“Estes carros vão para vários centros de meios aéreos e para as várias equipas que estão no terreno, já com os equipamentos de proteção individual”, esclareceu o secretário de Estado da Proteção Civil.

José Artur Neves referiu que o GIPS foi reforçado com 500 novos elementos (passando a contar com 1064 militares) e que está preparado para intervir em todo o País, estando distribuído por 39 centros de meios aéreos.

O responsável pela pasta da Proteção Civil salientou a importância de “robustecer cada vez mais o ataque inicial”, sublinhando a existência de 40 helicópteros ligeiros e médios capazes de chegar rapidamente à frente de fogo e, assim, “evitar que ganhe proporções elevadas”.

Governo cria mais 30 equipas de sapadores florestais

O Governo vai reforçar o Programa Nacional de Sapadores Florestais com mais 150 operacionais, que se juntarão aos mais de 2000 sapadores florestais que integram o programa.

O concurso, que decorrerá entre o próximo dia 17 julho e 31 de agosto, visa a criação de 7 novas brigadas de sapadores florestais, que incluem 3 equipas cada uma, e de mais 9 equipas de sapadores florestais, informa o site do Governo.

O executivo acrescenta que o concurso será financiado pelo Fundo Florestal Permanente em 1.950.000.00 Euros e que está estruturado em dois lotes: “o primeiro visa a criação de um máximo de sete Brigadas de Sapadores Florestais e tem como beneficiários as Comunidades Intermunicipais, as Áreas Metropolitanas e os Agrupamentos ou Associações de Municípios; o segundo lote tem como objetivo a criação de Equipas de Sapadores nas áreas prioritárias, identificadas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”, ao qual, informa ainda a mesma nota do Governo, “podem candidatar-se entidades gestoras de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), órgãos de gestão de baldios e suas associações, associações e cooperativas reconhecidas como Organizações de Produtores Florestais registadas no ICNF e Juntas de Freguesia e respetivos agrupamentos e associações”, conclui.

Recorde-se que a Estratégia Nacional para as Florestas prevê a existência de 500 equipas de Sapadores Florestais até final de 2019.