Durante o debate sobre o aumento do salário mínimo nacional, Ana Paula Bernardo defendeu que “importa lembrar que a melhoria dos rendimentos dos portugueses foi uma prioridade assumida desde a primeira hora pela governação socialista, numa marca claramente distintiva de momentos anteriores marcados por cortes de salários, cortes de pensões e de rendimentos”.
“Rompemos, de facto, com a trajetória de empobrecimento do passado e o aumento do salário mínimo foi apenas uma das muitas vertentes desta estratégia de valorização dos rendimentos”, vincou a socialista, que notou uma mudança em alguns partidos.
“Com efeito, em final de 2021, alguns afirmavam que o aumento do salário mínimo apontado pelo Governo então para 705 euros em 2022 seria um desastre em termos de emprego e de economia. Não é verdade, ainda bem. Defendiam até um aumento substancialmente inferior. Felizmente que hoje afirmam que temos de arriscar com uma política salarial para valorizar quem trabalha na administração pública e nas empresas”, comentou.
Ana Paula Bernardo congratulou-se por terem mudado de posição e, ironizando, declarou que “ainda bem que subscrevem o que o Partido Socialista sempre soube, sempre defendeu e sempre aplicou”.
Reafirmando que os projetos de alguns partidos sobre o aumento do salário mínimo “é o reconhecimento de que a estratégia de valorização dos rendimentos do Partido Socialista está certa”, a parlamentar reiterou que aos que “criticam a intervenção do Governo em termos de salários, acusando-o de não responder à perda de poder de compra, às desigualdades e à pobreza, o tempo veio demonstrar que estavam errados”.
E adiantou alguns dados: “De 2015 a 2023, o salário mínimo passa de 505 para 760 euros. O compromisso fixado em 2022 prevê que atinja, pelo menos, os 900 euros em 2026. De 2015 a 2023, o crescimento real do salário mínimo foi de 30%, bem longe das perdas de poder de compra que procuram imputar ao Partido Socialista”.
“Desde 2015, o salário médio cresce 19% acima da taxa de inflação. Também as desigualdades na distribuição de rendimentos e taxa de pobreza têm registado uma diminuição nestes anos de governação socialista”, acrescentou.
Admitindo que é preciso ir mais além, Ana Paula Bernardo frisou que “é precisamente isso que o Governo socialista está a fazer na preparação de 2024 e na preparação das condições para o ano subsequente, com uma postura de prudência e de rigor – tem sido um traço determinante na governação destes últimos anos –, mas também com uma ambição acrescida já para 2024, antecipando, melhorando e reforçando metas e compromissos”.
A deputada referiu que o Grupo Parlamentar do PS saúda o aumento acordado do salário mínimo para 820 euros em 2024, “um aumento de 60 euros face ao ano passado”, e comentou que, “para espanto de alguns, continua a ser mais fácil concertar trabalhadores e empregadores – que são os principais interessados nestas matérias – do que concertar com os partidos políticos aqui presentes”.