Projeto-piloto de revitalização e reordenamento da floresta avança nos sete concelhos afetados

Após a reunião que hoje se realizou no norte do distrito de Leiria com os presidentes das câmaras municipais de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Penela e Sertã, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai avançar com um projeto-piloto de reordenamento florestal e de revitalização deste território, defendendo que “a pior coisa que poderia acontecer era que a floresta voltasse a crescer como estava”.

Com efeito, como aludiu o primeiro-ministro, António Costa, “todos sabemos bem” que deixar a floresta crescer livremente é “criar condições para que ela seja combustível e não aquilo que desse ser: uma fonte de riqueza e de valorização económica”.

Depois de recusar a crítica de que estava a empurrar o assunto sobre o funcionamento do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), António Costa garantiu que não estava a “empurrar coisa nenhuma” e que, como primeiro-ministro, cabe-lhe “dar a cara” e “assumir as responsabilidades”, frisando que o que lhe compete fazer “é responder às populações, reconstruir o território ardido e contribuir para a prevenção dos incêndios”.

Sobre o funcionamento do SIRESP, o primeiro-ministro, não querendo fugir à questão, realçou a este propósito que tudo fará para que, entre a Assembleia da República, o Ministério Público, o especialista em fogos florestais, Xavier Viegas, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e “outras entidades”, possam “tudo esclarecer o mais rápido possível”.

Nova reunião agendada

Entretanto ficou já agendada para dia 19 de julho na Sertã, no distrito de Castelo Branco, a próxima reunião entre o Governo e os municípios afetados pelos recentes incêndios florestais, ficando a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, responsável por apresentar até ao final desta semana, como garantiu António Costa, “um relatório do levantamento efetuado sobre as necessidades no terreno”.

Para o primeiro-ministro, a prioridade será, antes de mais, responder “àquilo que é urgente e imediato do ponto de vista da reconstrução das infraestruturas municipais”, bem como as habitações, manifestando a esperança de que no próximo dia 19 de julho, na Sertã, na reunião com os autarcas, seja já possível “ter legislação que está em debate na Assembleia da República sobre matérias florestais”, sublinhando ainda que a comissão de valorização do interior está também “preparada”.