Programa ‘Sê-Lo Verde’ com mais eventos apoiados
O programa ‘Sê-lo Verde’ visa incentivar a adoção de boas-práticas ambientais nos grandes eventos, nomeadamente nos domínios cultural e desportivo.
No âmbito deste programa, o Governo vai apoiar, com cerca de 600 mil euros, quarenta eventos portugueses de cultura e desporto, entre os quais festivais de música e provas de atletismo, por forma a que sejam mais sustentáveis e ecológicos, revelou esta quarta-feira o Ministério do Ambiente.
O ‘Sê-lo Verde’ irá contemplar 88 medidas apresentadas por promotoras de eventos culturais e desportivos, em áreas como a gestão de resíduos e a realização de campanhas de sensibilização.
Na edição de 2019, o Sê-lo Verde acolheu 48 candidaturas e 165 medidas a aplicar em eventos que se realizam até ao final de setembro. Recorde-se que em 2018 foram admitidas 31 candidaturas, com pedidos de financiamento para 73 medidas.
O festival Meo Marés Vivas, marcado para julho, em Vila Nova de Gaia, foi o evento que angariou maior financiamento (43.780 euros). Os festivais Paredes de Coura, NOS Primavera Sound (que aconteceu este fim de semana no Porto), a Expofacic (Cantanhede), o EDP Vilar de Mouros (Caminha), o NeoPop (Viana do Castelo), o Gerês Rock Fest e Vagos Metal Fest (Aveiro) são exemplos de festivais musicais contemplados nesta terceira edição do programa.
Nesta terceira edição, segundo o Ministério do Ambiente e da Transição Energética, o Sê-lo Verde vai apoiar, pela primeira vez, provas de atletismo, designadamente, a Meia Maratona do Porto, o Leiria Run e o Ultra Trilhos Rocha da Pena, no Algarve.
O regulamento estabelece que só são admitidas candidaturas de promotores que garantam que já realizaram recolha seletiva de resíduos nos recintos dos eventos, que apresentem previamente um estudo de impacto ambiental, que disponibilizem pontos de água potável não engarrafada e que utilizem copos reutilizáveis.
Na edição de 2018, segundo o relatório de gestão do Fundo Ambiental, foram recolhidas 96,2 toneladas de plástico, 58 toneladas de papel, 104 toneladas de metal, 46,3 toneladas de vidro, 276 toneladas de resíduos indiferenciados e 128 quilos de pilhas.
“Evitou-se a emissão de 445 toneladas de dióxido de carbono através de medidas associadas a mobilidade partilhada e produção de energia através de fontes renováveis”, pode ler-se no relatório.