Programa Escola Azul reforça ligação dos estudantes ao mar
Durante o hastear da bandeira Escola Azul na Escola Básica Professor Óscar Lopes, em Matosinhos, a ministra do Mar explicou que este programa pretende “criar um maior envolvimento das escolas e das crianças, jovens e adolescentes em projetos ligados ao mar, sensibilizando-os para as obrigações relativamente ao mar, que temos de proteger, cuidar e preservar”.
Com 31 entidades parceiras, Ana Paula Vitorino salientou que o projeto quer dar a conhecer as possibilidades que existem no mar em termos de carreiras profissionais.
“A pesca é importante, sim, mas existem outras atividades ligadas ao mar, desde a biologia marinha, a indústria naval, a marinha de guerra”, apontou a governante.
Refira-se que, este ano letivo, o Programa Escola Azul conta com a participação de 48 escolas e o envolvimento de 6500 alunos.
Mas, segundo Ana Paula Vitorino, o Governo liderado por António Costa ambiciona estender este projeto a mais instituições de ensino.
“Queremos atingir o maior número e não iremos conseguir todas as escolas do país porque será sempre mais fácil chegar às escolas do litoral, mas pretendemos atingir um número substancial”, adiantou a ministra, defendendo ser fundamental fomentar cada vez mais a literacia dos oceanos, “dando a conhecer as suas necessidades, as suas novas potencialidades e a influência do oceano em nós, bem como a nossa influência nele”.
Colocar o mar na agenda política
Além de promover uma maior responsabilidade pessoal em relação ao mar, o Escola Azul propõe distinguir, estimular e apoiar as escolas portuguesas a trabalhar temas ligados ao oceano.
A ideia é integrar numa estratégia única e concertada os diferentes projetos e ações de literacia do oceano, reforçando a intervenção entre o setor e a comunidade escolar.
Trata-se, segundo explicou a titular da pasta do Mar, de colocar o tema na agenda dos decisores políticos, ativar sinergias entre a comunidade educativa e as diferentes partes interessadas ligadas ao mar e delinear estratégias educativas.
Assim, para se tornar Escola Azul, as instituições devem desenvolver projetos sobre o oceano, integrar alunos de diferentes idades, envolver diferentes disciplinas, responsabilizar alunos e professores e interagir com o setor do mar.