Priorizar o investimento na melhoria da produtividade florestal
Reforçando o que o Governo tem vindo a afirmar, de que um dos “grandes desafios” que o país enfrenta passa pela “melhoria da sua produtividade”, também ao nível da produção florestal, António Costa defendeu que este sector tem, em Portugal, nomeadamente em relação à plantação do eucalipto, excelentes condições para poder “melhorar significativamente”.
Neste sentido, o primeiro-ministro anunciou esta manhã, na fábrica da Altri, na Figueira da Foz, que o Governo, através do Ministério da Agricultura, vai abrir um concurso de financiamento de 18 milhões de euros, “exclusivamente dedicados” a investimentos que permitam a melhoria da produtividade do eucalipto, justificando esta iniciativa pública com a “baixíssima produtividade média” por hectare.
Segundo António Costa, a produção atual de eucalipto em Portugal, situa-se nas cinco toneladas por hectare, um valor, como referiu, que “está muito abaixo” do que é possível, defendendo um “aumento da produtividade por hectare”.
Para António Costa, o investimento na floresta portuguesa deve ser feito no “aumento da produtividade” e não necessariamente “aumentando as áreas de qualquer tipo de povoamento”, o que significa, como defendeu, “melhorar a gestão e o ordenamento”, mas também ter a capacidade de “melhorar as espécies e as condições de exploração dos terrenos”.
Reagindo à crítica de um dos gestores da celulose, que afirmou ser um “contrassenso” Portugal ter a “maioria do seu território ocupado por mato”, o primeiro-ministro salientou que “não são só os matos que estão ao abandono, mas também “muita área florestal” e em particular “muita área de eucalipto, onde é prioritário agir.
Fundos comunitários em velocidade de cruzeiro
Na sua intervenção, o primeiro-ministro teve ainda ocasião de se referir à execução dos fundos comunitários, garantindo que foi já atingida a “velocidade de cruzeiro”, recordando, a este propósito, que Portugal chegou ao final de 2016 com “470 milhões de euros atribuídos às empresas”, através de fundos comunitários de apoio ao investimento, ultrapassando assim, como realçou, a meta que o seu Governo tinha estabelecido de colocar 450 milhões de euros nas empresas nesse mesmo ano.
Com este bom desempenho em 2016, na execução dos fundos comunitários, o primeiro-ministro garantiu que será possível cumprir com a palavra dada pelo Governo, de que em 2017 a execução dos fundos comunitários de apoio às empresas atingirá os mil milhões de euros, meta que “iremos cumprir, tal como cumprimos no ano passado”.
Uma promessa que se vai realizar, como afirmou, porque “existe da parte das empresas vontade de investir”, como resultado do “clima de confiança” que hoje se vive em Portugal. Uma confiança, como garantiu ainda António Costa, que resulta de o país estar a sair pela primeira vez em democracia do procedimento por défice excessivo, com os dados das exportações a “serem animadores”, em particular em “relação aos mercados europeus”, e ainda, como sublinhou, porque existe “um quadro político estável”.