Prioridade do PS é garantir segurança de todos os utentes dos lares
“Consideramos este debate fundamental para discutir as respostas existentes e as mudanças necessárias para mitigar ainda mais os efeitos desta pandemia numa população, já de si, mais frágil, mas não podemos deixar de estranhar que o debate surja das mãos do CDS”, começou por afirmar a deputada socialista numa intervenção sobre os surtos de Covid em lares de idosos, levados por este partido à Comissão Permanente da Assembleia da República.
Marina Gonçalves recordou depois que o CDS que acusou o atual Governo de “decadência moral” e considerou que “nos lares falta o básico” é “o mesmo CDS que, no momento em que assumiu funções governativas com o PSD, considerou que o aumento da resposta social passava pelo aumento de idosos por quarto, assumindo que essa medida consubstanciava uma redução dos critérios de exigências”.
Salientando a “demagogia” do discurso deste partido e a “facilidade com que esquecem o estado em que deixaram a resposta social aos mais idosos”, a deputada do PS fez notar que, “felizmente, foram os partidos da esquerda parlamentar que, já na anterior legislatura, trabalharam para garantir melhores condições nos lares, tentando inverter as consequências de medidas de poupança orçamental cegas à necessidade social da nossa população”.
“E isso foi essencial para, no momento em que nos confrontamos com esta pandemia, construir uma resposta mais célere e mais capaz”, afirmou, sublinhando, no entanto, “a necessidade de, a cada momento, encontrar as melhores respostas para salvaguardar a mitigação dos riscos associados”, assim como “a importância de evoluir nas respostas em função da experiência que se vai acumulando e dos erros que se vão verificando”.
“Para o Partido Socialista continua a ser uma prioridade garantir a segurança de todos e de cada um dos utentes dos lares, salvaguardando a redução dos casos de contágio já conhecidos e que tiveram as consequências que infelizmente conhecemos”, afiançou Marina Gonçalves, defendendo que “não é aceitável” que se desconsiderem no combate político “as medidas que foram sendo criadas para reforço das respostas” desde o passado mês de março.
Concordando com a preocupação demonstrada por todos os partidos quanto às consequências desta pandemia nos lares de idosos e à “necessidade de adaptar procedimentos, reforçar respostas e garantir que situações como a que se viveu nalguns lares não se repete”, a deputada socialista defendeu que é preciso “efetivamente aprender com o que correu mal e garantir que nos próximos meses, período em que o risco é ainda maior, a resposta é eficaz”.
“Esse é efetivamente um ónus que recai sobre o Governo, sobre as entidades responsáveis pelas respostas, sobre as entidades de saúde e também sobre nós deputados, que devemos acompanhar e recomendar alterações sempre que consideremos que é possível melhorar algum aspeto na resposta aos lares”, defendeu, lembrando ainda as medidas anunciadas pelo Governo para reforçar ainda mais a estratégia definida desde março.