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Prioridade ao investimento e capitalização das empresas

Prioridade ao investimento e capitalização das empresas

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, reafirmou ontem no Porto que o Governo está apostado em "favorecer a capitalização das empresas”, designadamente aproveitando e acelerando a utilização dos fundos comunitários, os quais, como defendeu, “não se esgotam no Portugal 2020”.

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Prioridade ao investimento e capitalização das empresas

O Governo vai apresentar ainda esta semana um conjunto de medidas para acelerar a entrada nas empresas dos fundos europeus do Portugal 2020 num valor de 100 milhões de euros, garantiu ontem o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, na Alfândega do Porto, na conferência “Portugal 2016 – o futuro do país e das empresas”, organizada pela SIC/Notícias.

Apontando críticas ao anterior Governo do PSD/CDS, considerando que foi o responsável pelo atraso em que se encontra o programa e pela “falta que houve de planeamento” no que se refere a candidaturas a fundos europeus, Pedro Marques reafirmou que o objetivo do Executivo liderado por António Costa é agora acelerar “a todo o vapor” o incentivo de apoio às empresas, reafirmando que entre as medidas contempladas estão o reforço do fundo de garantia mútua para as empresas que “não conseguem aceder ao sistema financeiro” e algumas “novidades quanto aos recursos próprios das empresas”.

Trata-se de medidas “concretas e inovadoras”, disse Pedro Marques, que fez questão de realçar o compromisso em fazer entrar nas empresas 100 milhões de euros nos 100 primeiros dias do Governo, adiantando que na sexta-feira anunciará, também no Porto, e “em primeira mão” aos empresários nortenhos, um conjunto de medidas sobre a aposta na evolução do investimento.

O governante recordou também que já na passada semana o Executivo tinha anunciado que iria avançar com o reforço do fundo de garantia mútuo para que as empresas que não conseguem obter as garantias junto do sistema financeiro o possam fazer através do sistema de garantia mútua.

O ministro lembrou que as empresas portuguesas “estão demasiado endividadas” face ao sistema financeiro, encontrando-se por isso bloqueadas para poderem avançar “com outras iniciativas ou decisões ao nível do investimento”.

A urgência agora é favorecer a capitalização das empresas, disse, acelerando a utilização dos fundos comunitários, por forma a criar as “condições de suporte à sua de capitalização”.

Pedro Marques realçou ainda que, além dos recursos do Portugal 2020, o Governo quer apostar também de forma decisiva na utilização de “fundos de candidatura direta a Bruxelas”, nos chamados fundos do Plano Juncker.

O ministro do Planeamento e Infraestruturas lembrou que um dos objetivos do Governo passa pelo crescimento económico, “também através da recuperação do rendimento das famílias”, recordando que este é um ponto igualmente defendido pela “esmagadora maioria dos empresários” que veem no aumento da procura interna um dado importante para aumentar a confiança nas suas decisões de investimento.