Primeiro-ministro reforça na Califórnia acordo de Paris sobre ambiente
A adesão portuguesa a este memorando, que junta 17 Estados norte-americanos que têm assumido uma posição totalmente contrária à política ambiental defendida pela administração liderada pelo presidente Donald Trump, foi ontem subscrita também por Portugal, com a assinatura do primeiro-ministro português, no final de uma reunião que António Costa manteve com o governador do Estado da Califórnia, Jerry Brown, que é atualmente um dos políticos democratas com maior prestígio em todo o país.
Falando aos jornalistas à saída desta reunião com o governador do Estado da Califórnia, um dos políticos norte-americanos com quem António Costa disse ter uma visão próxima sobre os grandes desafios que hoje estão colocados às sociedades modernas, e depois de se mostrar convicto de que não só Portugal, mas também a Europa, podem “contar plenamente” com o governador Jerry Brown na “comunhão de valores” pelo combate às alterações climáticas e na “promoção das energias limpas”, o primeiro-ministro garantiu que, deste encontro, ficou ainda a certeza de que é necessário não só continuar a manter e a defender as metas estabelecidas no acordo de Paris, como, se possível, “até superá-las”, uma vez que, como observou ainda o primeiro-ministro, mesmo cumprindo todos os objetivos estabelecidos neste acordo “ainda ficaremos aquém daquilo que é considerado essencial” .
Para o primeiro-ministro, este memorando internacional de combate às alterações climáticas assume um caráter ainda com maior relevância, uma vez que o Estado da Califórnia, como salientou, “é a quinta economia mundial”, o que para António Costa permite que o documento tenha um destaque e uma visibilidade internacional que certamente não poderia almejar caso não tivesse tido a adesão dum parceiro com o peso económico e estratégico e com a importância deste Estado norte-americano.
Depois de lembrar que a cidade de São Francisco será a anfitriã, a 12 de setembro próximo, de uma grande conferência internacional sobre as alterações climáticas, António Costa deixou a garantia, que lhe transmitida por Jerry Brown, de que a Califórnia “tudo fará para ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa”.
Promoção de Portugal
Hoje, 15 de junho, é o último dos sete dias do programa de António Costa nos Estados Unidos da América, programa que se desenrolará entre Nova Iorque e Newark, estando agendada para a famosa Times Square, em Nova Iorque, a ativação de um painel eletrónico de promoção do turismo em Portugal, com cerca de 30 metros de altura, contando o primeiro-ministro, nesta iniciativa, com a companhia da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, e dos surfistas, Garrett McNamara, norte-americano, e do brasileiro Rodrigo Koxa, ambos recordistas ao terem surfado a célebre onda da Nazaré.
Antes desta cerimónia de promoção turística, em Nova Iorque, num país que nos últimos anos representou um crescimento de fluxo turístico para Portugal acima dos 10%, António Costa interveio num seminário económico no Harvard Club, oportunidade que o primeiro-ministro usufruiu para apresentar os dados atuais sobre a evolução económica e financeira de Portugal nos dois últimos dois anos, e onde manifestou o interesse de Portugal em atrair novos investimentos, captar mais turistas e reforçar os laços de cooperação científica e universitária com os Estados Unidos da América.