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Presidência do Eurogrupo confirma credibilidade internacional de Portugal

Presidência do Eurogrupo confirma credibilidade internacional de Portugal

A eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo significa o reconhecimento, por parte dos 19 países europeus que integram a moeda única, da “credibilidade” internacional de Portugal e da “correção da linha política seguida pelo Governo”, defendeu o primeiro-ministro, em Rabat, onde se encontra para participar na Cimeira Luso-Marroquina.

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Presidência do Eurogrupo confirma credibilidade internacional de Portugal

Falando aos jornalistas num intervalo dos trabalhos da 13ª Cimeira Luso-Marroquina, encontro que começou ontem e que vai terminar nesta terça-feira, em Rabat, António Costa manifestou grande satisfação por esta eleição, realçando que a escolha do ministro das Finanças para a presidência do Eurogrupo, representa não só o reconhecimento dos países que integram a moeda única das “qualidades pessoais de Mário Centeno”, mas também da “credibilidade da linha política” seguida pelo Governo, nos domínios económicos e financeiros, depois de Portugal, como salientou, “ter passado por tantos e tantos sacrifícios”.

Uma eleição que na opinião do primeiro-ministro tem ainda mais valor porque Portugal, “depois de um período de grande pressão externa”, conseguiu virar “definitivamente a página”, deixando de ser associado a défices excessivos ou a sanções, sustentando António Costa que esta eleição de Mário Centeno ocorre num momento “particularmente importante para o futuro da União Europeia”, lembrando que se encontra em curso a “discussão sobre a evolução da zona euro”.

Uma discussão onde Portugal quer participar ativamente, realçando o primeiro-ministro que a mais-valia de o país passar a assumir, já a partir do próximo dia 13 de janeiro de 2018, a presidência do Eurogrupo, permite-lhe uma participação “mais qualificada”, designadamente sobre matérias tão importantes para o futuro da União Europeia como as de aproximar todos os Estados-membros, “sejam do leste ou do oeste, do sul ou do norte”, e as famílias políticas europeias, com o objetivo último de que a zona euro tenha finanças públicas sólidas, não deixando contudo de dar prioridade ao “crescimento, ao emprego, à coesão e à convergência económica”.

A presidência do Eurogrupo, na opinião do primeiro-ministro, vai permitir que Portugal passe a “desempenhar um papel mais ativo na discussão sobre o futuro da zona euro”, tema que António Costa considera “crucial” para acabar com a ideia e com a argumentação defendida pelos eurocéticos, como referiu, de que a União Europeia é uma entidade que “está distante de nós e que toma posições unilaterais que impõe aos países”.

Política orçamental

Quanto à dúvida sobre se Portugal, pelo facto de passar a liderar o Eurogrupo, terá ou não acrescidas responsabilidades em matéria de disciplina orçamental, o primeiro-ministro defendeu que esta é uma “falsa questão”, enfatizando que as regras que estão estabelecidas pelas instâncias europeias “são para ser cumpridas”, lembrando que a política orçamental levada a efeito pelo Governo português “está definida desde a primeira hora”, com resultados que são “por todos reconhecidos”, como sustentou, como “muito positivos”.

A este propósito o primeiro-ministro lembrou que “cumprir regras” significa também cooperar ativamente na reforma da zona euro para que “seja mais amiga do crescimento e do emprego”, não deixando Portugal, como lembrou António Costa, de a nível interno ter dado prioridade à “devolução dos rendimentos das famílias, à estabilidade do sistema financeiro nacional e ao investimento das empresas”.